Publicado em 27/06/2024 às 20h12.

Diego Castro e Leandro de Jesus acionam Conselho de Ética contra Marcelino Galo e Olívia Santana

"Quando um parlamentar age de maneira agressiva ou desrespeitosa, isso configura uma quebra de decoro", diz Diego Castro

Redação
Imagem: PL-BA/assessoria

 

Os deputados estaduais Diego Castro e Leandro de Jesus, ambos do PL, ingressaram nesta quinta-feira (27) com uma representação no Conselho de Ética da Assembleia Legislativa da Bahia (Alba) contra os colegas Marcelino Galo (PT) e Olívia Santana (PCdoB) pedindo apuração de possível quebra de decoro parlamentar em sessão no último dia 18.

A sessão em questão foi marcada por acaloradas discussões sobre o Projeto de Lei nº 1.904/2023, popularmente conhecido como o PL do Aborto, que tramita na Câmara dos Deputados. A deputada Olívia Santana associou o “bolsonarismo” ao estupro, provocando reação dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no plenário da Casa.

No calor do debate, Marcelino Galo chegou a empurrar Diego Castro, que, em sua representação, lembrou que o “conceito de decoro parlamentar está intrinsecamente ligado à conduta ética e moral dos membros do parlamento”. “O decoro parlamentar refere-se ao conjunto de comportamentos e atitudes esperados de parlamentares, de modo a garantir o respeito, a integridade e a dignidade das instituições legislativas”, diz Diego.

“Fato que quando um parlamentar age de maneira agressiva ou desrespeitosa, isso configura uma quebra de decoro. Um exemplo claro disso ocorreu na sessão do dia 18 de junho, notadamente pelas comparações perpetradas pela deputada Olívia Santana e os empurrões praticados pelo deputado Marcelino Galo, são totalmente incompatíveis com o decoro parlamentar porque violam o princípio de respeito mútuo que deve prevalecer no ambiente legislativo, além de comprometer a imagem da instituição perante a sociedade”, continua o deputado.

“Tudo se originou quando fizemos direito do nosso tempo de inscrição para defender expor, mais uma vez, o quadro de insegurança que temos na Bahia. Questionamos por qual motivo os deputados de esquerda não se manifestavam em favor das pessoas, muitas delas moradoras de comunidades, que perderam a sua liberdade e muitas delas a vida. Então, a deputada Olivia, em seu discurso, e incomodada com a minha fala, associou os deputados bolsonaristas à defesa de estupradores, fazendo menção ao PL anti-aborto que está em discussão na Câmara Federal. Além de ser um total desrespeito ao parlamento, a deputada cometeu fake news ao dizer que nós, bolsonaristas, somos defensores de estupradores”, afirma Leandro de Jesus.

“Na verdade, nessa história toda, quem acabou sendo vítima de agressões físicas, xingamentos e calúnias, conforme vídeos da sessão comprovam, foram os bolsonaristas. Os agressores estão do lado de lá. Foram eles que incentivaram a briga, foram eles que não respeitaram as opiniões divergentes, foram eles que não suportam o contraditório. Desta vez, todos viram como eles costumam atuar. Esperamos que o Conselho de Ética analise as imagens, que são claras, e tome as providências cabíveis contra os deputados Marcelino Galo e Olivia Santana”, acrescentou Leandro.

Ainda segundo Diego Castro, “tal comportamento pode intimidar ou constranger outros parlamentares, afetando o livre exercício de suas funções e a qualidade do debate democrático”. “Portanto, empurrões e outros tipos de agressões físicas são considerados quebra de decoro parlamentar, passíveis de punições que variam de advertências a sanções mais severas, como a suspensão ou perda do mandato. Essas medidas visam preservar a ordem, a civilidade e o respeito no âmbito legislativo, fundamentais para o bom funcionamento da democracia.”

Marcelino Galo e Olívia Santana também já acionaram o Conselho de Ética contra Diego Castro e Leandro de Jesus.

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