Publicado em 02/10/2019 às 08h19.

‘Dinheiro na cueca’: deputado petista é hostilizado em voo; veja vídeo

José Guimarães (PT-CE) prestou queixa por injúria e difamação e pediu a instauração de inquérito; ofensor foi identificado pela PF como Gilberto Alves Júnior

Redação

 

 

O deputado federal José Guimarães (PT-CE) foi hostilizado em um voo de Fortaleza para Brasília na última segunda-feira (30). O suposto ofensor foi identificado pela Polícia Federal como Gilberto Alves Júnior, que estava sentado numa poltrona próxima ao parlamentar. Segundo informações do portal UOL, Guimarães prestou queixa por injúria e difamação e pediu a instauração de inquérito.

“É o Zé Guimarães, do PT, que roubou o Brasil inteiro. Mandou dinheiro para Cuba, para a Venezuela, apareceu na televisão com dinheiro na cueca. Se defenda, deputado, diga aí! Cadê o dinheiro que estava na cueca? Se defenda! É contigo mesmo, deputado, que eu estou falando. Cadê? Não vai se defender, não? O senhor não tem vergonha de roubar o Brasil, não?”, disse o homem.

No vídeo que circula pelas redes sociais, José Guimarães não é visto rebatendo as acusações de maneira enfática; o político apenas se limitou a dizer, algumas vezes, que processaria o autor das ofensas.

José Guimarães é irmão de José Genoino, ex-presidente nacional do Partido dos Trabalhadores. Em 2005, no início do escândalo do mensalão, José Adalberto Vieira, assessor de Guimarães, foi preso em flagrante no aeroporto de Congonhas com uma mala de dinheiro contendo R$ 200 mil e mais US$ 100 mil na cueca.

Na manhã de terça(1), o deputado federal se manifestou no Twitter e disse que o discurso proferido por Gilberto Alves Júnior estava “repleto de fake news”. Diferentemente do que diz a acusação de seu ofensor, não foi o próprio Guimarães quem foi pego com dinheiro em Congonhas em 2005.

“O vídeo em que fui covardemente agredido é repleto de fake news. Jamais fui preso e não estive envolvido quando um assessor foi pego com dinheiro no aeroporto de Congonhas em 2005. Eu, inclusive, fui inocentado da acusação de improbidade administrativa, em 2012, pelo STJ [Superior Tribunal de Justiça]”, escreveu.

“Por unanimidade, a Corte decidiu que não havia provas. Nunca estive envolvido em esquemas de corrupção. Ao contrário, sempre pautei minha conduta no respeito à dignidade, à ética e ao trabalho em prol da melhoria das condições de vida de brasileiras e brasileiros”, publicou José Guimarães, prometendo que sua equipe tomará medidas cabíveis contra os “ataques virtuais” que diz ter sofrido.

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