Diplomacia vai superar tensão na relação Brasil-EUA, avalia Haddad
Segundo o ministro, o governo brasileiro não mudará sua estratégia sobre como lidar com os EUA

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT) afirmou nesta terça-feira (7) que o governo brasileiro não mudará sua estratégia sobre como lidar com os Estados Unidos porque, para ele, o atual método está funcionando. “Estamos tão confiantes nos nossos argumentos, que eles vão se fazer valer, através da nossa diplomacia”, afirmou o ministro em entrevista ao programa “Bom Dia, Ministro”, da EBC, ligada ao governo.
Para Haddad, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) busca uma reaproximação com os EUA que não é ideológica. O ministro minimizou a escolha de Donald Trump para condução das negociações. O americano escolheu seu secretário de Estado, Marco Rubio, um ávido critico de Lula e defensor do bolsonarismo. As informações são do jornal Estadão.
Na avaliação do ministro da Fazenda, no entanto, independentemente do negociador, a diplomacia brasileira — que classificou como “melhor do mundo” — vai superar esse momento. Haddad ainda pontuou que pode haver espaço para um encontro dele com o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, na próxima semana, quando o ministro estará nos EUA.
“Eu ainda não me movi e devo fazer até o final da semana para saber da disponibilidade (de Bessent), do interesse ou se o Marco Rubio vai estabelecer um contato com o Mauro Vieira antes disso. Eu não sei qual é o protocolo que eles vão seguir”, declarou.
Haddad e Bessent quase se encontraram em agosto, quando, em meio a reperucssão do anúncio das nova sobretaxa americana sobre os produtos brasileiros, o ministro chegou a acertar um encontro com o secretário dos EUA. A reunião, no entanto, foi cancelada, em um movimento que, na avaliação do ministro, à época, ocorreu por conta de articulações da extrema-direita brasileira em Washington.
O ministro ainda comemorou o telefonema entre Lula e Trump, realizado na segunda-feira (6), e avaliou a conversa como “muito positiva”, já que ambos os chefes de Estado estavam determinados a “virar a página” da tensão entre os dois países, avaliada por Haddad como “equivocada”.
“Acredito que vai distensionar e abrir espaço para uma conversa franca, uma conversa produtiva”, afirmou. Segundo ele, há muitas oportunidades de investimento norte-americano na América do Sul, que tradicionalmente é deficitária com os EUA. Ele citou, como exemplos de investimentos possíveis, a exploração de terras raras e projetos de transformação ecológica.
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