Publicado em 25/06/2024 às 19h26.

Direita se revolta com o STF: ‘Brasil vai virar fedentina de maconha’

Após o STF decidir pela descriminalização do porte individual de maconha, direita foi ao plenário da Câmara para criticar Supremo

Redação
Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado

 

Após o Supremo Tribunal Federal (STF) decidir pela descriminalização do porte de maconha para o consumo individual, parlamentares de direita criticaram os ministros e subiram o tom nos plenários do Congresso. Os discursos com previsões catastróficas chegaram a citar a destruição de milhões de famílias, o uso de drogas nas escolas e aumento da população em situação de rua. A informação é de uma matéria do Metrópoles.

O Metrópoles aponta que Osmar Terra (MDB-RS) foi um dos deputados que mais falou no plenário, nesta terça-feira (25), levantando dados sem citar as fontes. “Isso vai ampliar muito o consumo de drogas. Os meninos vão levar maconha para a escola e ninguém vai poder fazer nada”, afirmou.

Ainda segundo o Metrópoles, o parlamentar também fez um cálculo afirmando que “60 gramas dá mais de 100 cigarros de maconha”, argumentou que a droga “é a maior causa de interdição de jovens entre 18 e 30 anos” e que, nos países em que ela foi liberada, “aumentou a população em situação de rua”.

O Metrópoles acrescenta que o deputado federal Alberto Fraga (PL-DF), avaliou que o Supremo cometeu “o maior dos crimes contra a população brasileira”. “O STF afronta o Congresso Nacional. Serão destruídas milhões de famílias. Um baseado tem 1,4 gramas de maconha. Então imagina o coleguinha chegar [na escola] com a mochila com 60 baseados. Vai negociar, vai vender.”

Já Sanderson (PL-RS) pressionou pelo avanço da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) nº 45/2023, a chamada PEC das Drogas. O texto criminaliza o porte e a posse de qualquer quantidade de drogas e tem a assinatura do próprio presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). “O que o STF fez hoje envergonha toda a população brasileira. Estão jogando nossos jovens em um caos que dificilmente será revolvido”, complementa o Metrópoles.

O Metrópoles ainda destaca que nas redes sociais, Filipe Barros (PL-PR) também pediu caminhar da PEC, dizendo que pedirá urgência para a formalização da comissão especial da proposta. Ricardo Salles (PL-SP) escreveu que “o Brasil vai virar uma fedentina de maconha generalizada”. Ao comentar protesto do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, sobre a decisão do Supremo, o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), disparou: “Falar até papagaio fala. Qual medida o Senado irá tomar contra as decisões absurdas do STF?”. Entre os senadores, Hamilton Mourão (Republicanos-RS) criticou o que chamou de “ativismo judicial no país”. “Hoje é dia de festa no crime organizado!”, escreveu no X, antigo Twitter.

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