Disputada cadeira de vice na chapa de Bruno teria carta marcada para indicação de Neto
Essa também seria uma alternativa de frear os ânimos dos aliados em busca do cargo, como o Republicamos, PDT e PP , somados agora ao PSDB
A disputada cadeira de vice na chapa do prefeito Bruno Reis (UB), representando a oposição nas urnas em 2024, estaria reservada para indicação do ex-prefeito ACM Neto (UB), principal cacique do grupo, conforme informações chegadas ao bahia.ba. Essa seria uma estratégia para o presidente da Fundação Índigo manter seu capital político em Salvador e, consequentemente, transferir seus votos para o aliado. Neto, que disputou o governo do estado no último pleito [2022] contra o petista Jerônimo Rodrigues obteve na capital baiana 1.013.094 votos, o equivalente a 64,51%, enquanto Jerônimo levou 557.418 votos, o correspondente a 35,49%.
Com um leque de sete partidos atualmente na base [UB, DC, PDT, Republicanos, PMN, PSDB e PP], essa também seria uma alternativa de frear os ânimos dos aliados em busca do cargo, como o Republicanos, PDT e PP – ainda que de forma mais atenuada – , somados agora ao PSDB.
Os tucanos colocarão essa possibilidade condicionante para continuarem no arco de aliança do prefeito a debandarem para a base do governador Jerônimo Rodrigues (PT), que tenta a todo custo persuadir o partido a integrar seu bloco. O nome capaz de aglutinar e ser bem recebido por Neto já teria sido escolhido: o deputado estadual Tiago Correia, amigo pessoal do ex-prefeito, marido de Ana Coelho, sua vice, na eleição passada.
Porém, ainda teriam como entrave o pedetista Leo Prates, já anunciado pelo bahia.ba, que, neste momento, seria a principal aposta de Neto, embora ele [Prates] ainda não esteja convencido, mas atesta que se for pelo bem do grupo não se furtará.
O presidente estadual da legenda, deputado federal, Félix Mendonça Júnior, por sua vez, insiste na tese de manter a vice-prefeita Ana Paula Matos no cargo, mas informações dão conta de que essa probabilidade não estaria sendo aventada pelo cacique do União Brasil.
Enquanto isso, a justificativa dos republicanos, conforme afirmaram em conversa com o bahia.ba, é que se configuram como peças principais no tabuleiro político, são detentores de grande números de votos e fiéis na balança ao prefeito em sua gestão.
Félix, assim como o presidente do Republicanos, deputado federal Márcio Marinho, no entanto, negam qualquer probabilidade de se voltarem contra o mandatário da capital por conta de espaços. Contudo, o discurso mais moderado de ambos, em favor do governo estadual e federal, não passou despercebido. Marinho chega a intitular sua bancada de independente e não de oposição.
“É preciso se entender que cargo de vice só se decide após se delinear as coalizões”, alertou um aliado.
“Mas, é certo de que a escolha será carta marcada de Neto, de forma que consiga manter seu capital eleitoral no município”, frisou, acrescentando ainda que o prefeito Bruno Reis só entrará em campanha pós-São João de 2024 e que, até lá, irá compor com os aliados “aos poucos, individualmente”.
“Assumirá esse risco, apesar da pressão que está sofrendo”, disse, em referência as possibilidades de dissidências para a base do governador Jerônimo.
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