Publicado em 29/06/2023 às 12h24.

Dois ministros votam a favor da inelegibilidade de Bolsonaro; Raul Araújo votou contra

A sessão foi iniciada às 9h, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o voto do ministro Raul Araújo

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

A manhã desta quinta-feira (29) está sendo marcada pela retomada do julgamento que pode tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível pelos próximos oito anos. A sessão foi iniciada às 9h, no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com o voto do ministro Raul Araújo, que durou aproximadamente 1h40. Ao se posicionar, o magistrado defendeu a absolvição de Bolsonaro. O placar está em 2 a 1, devido ao voto do ministro Floriano de Azevedo Marques, às 12h10, ainda faltam os votos de quatro ministros.

Araújo vinha sendo pressionado por bolsonaristas a suspender a sessão na Corte Eleitoral com um pedido de vista. A ação poderia adiar o processo por 30 ou até 60 dias.

“Fato é que a intensidade do comportamento concretamente imputado — a reunião de 18 de julho de 2022 e o conteúdo do discurso — não foi tamanha a ponto de justificar a medida extrema da inelegibilidade (…) Julgo improcedente o pedido”, proferiu o ministro.

Durante o seu tempo de fala, o magistrado também defendeu a exclusão da minuta golpista encontrada na casa do ex-ministro de Segurança Pública e Justiça, Anderson Torres, do julgamento contra Bolsonaro. Para além, Araújo afirmou que ver teor eleitoral na reunião entre o ex-presidente e os embaixadores estrangeiros em 2022.

A fala do magistrado foi interrompida pelos demais ministros que comentaram sobre o teor da sessão. Os ministros enfatizaram que o “foco” do julgamento seria sobre a reunião de Bolsonaro e os embaixadores, quando o ex-presidente atacou, sem provas, a credibilidade do sistema eleitoral. O encontro transmitido pela estatal TV Brasil.

Já o ministro Floriano de Azevedo Marques votou pela condenação a inegibilidade do ex-mandatário do Brasil. Em seu voto, o magistrado afirmou que absolver Bolsonaro seria “dar uma pirueta”, em crítica ao voto de Raul Araújo. Na oportunidade, ele absolveu o então candidato a vice-presidente, Walter Braga Netto (PL).

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