Publicado em 20/11/2024 às 09h20.

Éden critica silêncio de ACM Neto sobre plano para matar Lula: ‘Cúmplice’

“Por que ACM Neto não solta a mão de Bolsonaro? Porque são a mesma coisa na Bahia", disse o presidente do PT Bahia

Redação
Foto: Assessoria do PT

 

O presidente do Partido dos Trabalhadores da Bahia, Éden Valares, teceu críticas a ACM Neto após o ex-prefeito de Salvador não se manifestar sobre a investigação da Polícia Federal (PF) que descobriu um plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Para a imprensa, o petista classificou o vice-presidente do União Brasil como “cúmplice” de Jair Bolsonaro (PL) diante de temas como golpe de estado, desmatamento e o fim de programas de proteção aos mais pobres

“Por que ACM Neto não solta a mão de Bolsonaro? Porque são a mesma coisa na Bahia. Quando Bolsonaro negou a pandemia, o direito à vacina, ACM Neto ficou calado e foi cúmplice. Quando Bolsonaro estimulou o desmatamento e destratou o meio ambiente, o ex-prefeito foi cúmplice. Quando o ex-presidente destruiu o cinturão de proteção social, todos os programas de proteção aos mais pobres, o “Minha Casa, Minha Vida”, “Mais Médicos”, o “Farmácia Popular”, também foi cúmplice. Quando Bolsonaro, ao perder a eleição, tentou um golpe, estimulou o 8 de janeiro, ele foi cúmplice e, agora, revelado um plano detalhado para assassinar o presidente da República, o vice-presidente da República e o presidente do TSE, novamente, ele é cúmplice mais uma vez. O silêncio de Neto significa que ele é parceiro de Bolsonaro”, afirmou Éden.

“ACM Neto que é sempre tão disponível para gravar vídeo contra o governador Jerônimo Rodrigues, contra o presidente Lula para fazer críticas foi incapaz de se manifestar nas redes sociais ou ter uma manifestação pública contra o que a Polícia Federal revelou, a tentativa de golpe no Brasil. Quem se cala contra o golpe, é cúmplice do golpe”, acrecenta.

Nesta terça-feira (19), a Polícia Federal (PF), prendeu militares e um agente federal suspeitos de planejar os assassinatos de Lula, Alckmin e Moraes. Segundo as autoridades, o plano foi discutido na casa de Braga Netto, candidato a vice-presidente na chapa com Bolsonaro.

“Com a revelação do autoritarismo, da tentativa de golpe, de uma articulação, de um conluio dentro do Palácio do Planalto do então presidente da República e dessas pessoas que não gostam e não respeitam a democracia e a Constituição e articularam e operaram um golpe militar, se já não havia espaço para o ‘tanto faz’ antes, hoje é um absurdo partidos políticos, lideranças políticas não se manifestarem sobre o assunto. Continuar insistindo no ‘tanto faz’ significa ser omisso ou cúmplice do golpismo”, pontua.

O presidente do PT Bahia afirma ainda que a “democracia no Brasil está em xeque devido ao fanatismo político”.

“Estamos em uma encruzilhada entre aqueles e aquelas que defendem a democracia, a Constituição, as regras, a República e aqueles que por ação, no caso de Bolsonaro, do seu governo e dos seus aliados mais próximos ou aqueles que, por se calarem, flertam com o autoritarismo. No final das contas, essas coisas se juntam, se aproximam e se encontram. A tradição do autoritarismo do carlismo que sempre foi apoiador da ditadura se reencontra com o autoritarismo daqueles que tentaram o golpe, se não por palavras, mas sim por silêncio”, finaliza.

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