Publicado em 04/03/2025 às 15h43.

Éden defende ampliação da base de Jerônimo, mas alerta para diálogo com diretórios do PT

"Se não dialogar com que sempre apoiou, está errado”, afirmou o dirigente petista

Redação
Foto: João Valadares

 

O presidente do Partido dos Trabalhadores (PT) na Bahia, Éden Valadares, afirmou, nesta terça-feira (4), que a ampliação da base de apoio do governador Jerônimo Rodrigues é uma estratégia válida, mas deve ser conduzida com cautela e responsabilidade, especialmente no que diz respeito ao diálogo com os diretórios municipais do PT, movimentos sociais e lideranças políticas.

Éden declarou que, embora novas adesões sejam bem-vindas, principalmente de quem se distanciou de figuras como ACM Neto e Bolsonaro, o processo precisa ser conduzido com sensibilidade. “Quem se arrepender do apoio a ACM Neto ou Bolsonaro e quer caminhar com Jerônimo e Lula, é muito bem-vindo. Agora, esse movimento precisa ser melhor calibrado para não machucar quem comeu sal e poeira conosco na caminhada”, afirmou o dirigente petista, ressaltando a necessidade de envolver o PT local nas discussões.

Ele enfatizou que não é aceitável trazer novos aliados sem primeiro dialogar com as lideranças que caminham com o partido há décadas. “Não dá para trazer um prefeito, uma liderança, sem dialogar com o PT local, a direção daquele município, sem conversar com os movimentos sociais e lideranças que estão conosco há 19 anos de governo e 45 anos de partido”, disse.

O dirigente petista afirmou que o fortalecimento da base de Jerônimo deve ser feito sem perder de vista os valores históricos do PT e o compromisso com os aliados de “primeira hora”. “Eu sou um cara de sorte porque meus professores na política e na vida foram Zezéu Ribeiro e Jaques Wagner. Então, eu sei que política é juntar gente, nunca espalhar. Mas esse processo não pode atropelar quem caminha conosco a vida toda, nem descaracterizar o nosso projeto, o nosso grupo”, afirmou.

Éden também ressaltou que a ampliação da base deve ser realizada com respeito e diálogo. “Menos do lado de lá é mais aqui? É. Mas isso tem que ter processo, conversa, diálogo, pactuação e respeito. Sobretudo respeito”, acrescentou.

Valadares mencionou ainda a identidade do governador Jerônimo Rodrigues com o PT, lembrando sua trajetória de militância no partido. Ele citou como exemplo as articulações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfatizando que não se pode governar sem pactuar com o PT e com os aliados locais. “Jerônimo é muito petista e tem muita identidade com o PT, com a nossa militância. E a gente entende que não governamos sozinhos. Olha o malabarismo que Lula tem que fazer para aprovar as reformas necessárias ao Brasil no Congresso. Mas não se faz isso sem pactuar com o PT e os demais partidos aliados na cidade”, concluiu.

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