Publicado em 17/11/2025 às 14h10.

Éden Valadares vê ambiente positivo para reeleição de Lula e Jerônimo

Secretário afirmou que o partido seguirá concentrado em entregas

Luana Neiva
Foto: Divulgação / Assessoria

 

Com a chegada das eleições de 2026, o secretário de Comunicação Nacional do PT, Éden Valadares, em entrevista exclusiva ao bahia.ba rebateu críticas da oposição, defendeu a condução dos governos Lula e Jerônimo e afirmou que o partido seguirá concentrado em entregas e no enfrentamento ao discurso da direita. Confira:

 A oposição tem intensificado ataques ao presidente, especialmente em temas como segurança pública e economia. O PT já definiu qual será a estratégia para blindar Lula até 2026?

O presidente Lula não precisa de blindagem alguma. Aliás, blindagem, anistia e impunidade é a agenda da Direita. A Direita quer anistiar os condenados pela tentativa de golpe, blindar políticos e empresários corruptos, deixar impune as facções e organizações criminosas atacando o trabalho e a autonomia da Polícia Federal. Mas o PT, o Governo Lula e a sociedade brasileira estão atentos e não deixaremos esse tipo de retrocesso ir adiante. Com relação a 2026, repare, ainda está muito longe.

Temos muitos meses de trabalho pela frente, muita obra para ser entregue, muita política pública a ser colocada a serviço do povo brasileiro, o presidente Lula está 100% concentrado em fazer aquilo que ele se comprometeu ao ser eleito: gerar cidadania, dignidade e prosperidade para as famílias brasileiras. No tempo certo, quando se aproximar o calendário eleitoral, teremos a oportunidade de comparar os quatro anos do Governo Lula com os quatro anos do governo da Direita.

Como o senhor avalia o ambiente político para a reeleição de Lula? O PT acredita que a eleição será novamente polarizada ou vê possibilidade de ampliar alianças no centro?

Nossa aliança é com o campo democrático. Lula tem uma enorme capacidade de construir pontes, de alargar os diálogos e buscar grandes consensos. Melhor exemplo é o seu companheiro de chapa, hoje ministro e vice-presidente, o ex-governador Geraldo Alckmin. Então são bem-vindos os partidos políticos, as forças vivas da sociedade, as lideranças que queiram se afastar da agenda da direita, da impunidade, das fake news, do uso do ódio como expediente político, e queiram defender o Brasil e a nossa democracia. Os últimos acontecimentos deixaram muito claro para o povo brasileiro quem realmente defende o nosso país, a nossa independência e soberania.

Como o senhor avalia a escalada do discurso da oposição na Bahia, especialmente em temas sensíveis como segurança pública, e até que ponto isso já representa uma antecipação da disputa de 2026?

ACM Neto virou especialista em criticar por criticar, em ser contra tudo, tudo está errado. Por consequência óbvia, acaba que ninguém escuta, ninguém dá audiência, então ele tem que dobrar a aposta e falar uma coisa ainda pior para ver se repercute. A última foi essa questão que você me perguntou sobre Segurança Pública. Repare, um deputado da federação dele, do PP e União Brasil, foi quem apresentou o projeto que proíbe a Polícia Federal de combater o crime organizado e as facções do tráfico. Foi o maior ataque contra a PF que o Brasil já viu. ACM Neto deveria explicar isso e não insistir em falar mal de Jerônimo.

O governador tem dito que há antecipação do debate eleitoral na Bahia. O senhor concorda que a oposição tenta transformar temas sensíveis em arma política contra Jerônimo?

O candidato derrotado por Jerônimo nas urnas em 2022 se manteve em campanha, não desceu do palanque, até porque não tem tarefa, não tem missão, não tem mandato e falta o que fazer. Não é deputado, não é prefeito, não preside o seu partido, e acabou vestindo esse figurino de eterno candidato derrotado. E eu lamento, sabia? Porque a oposição é um elemento fundamental na democracia. Debater projetos, propostas, o confronto de ideias é saudável para qualquer sociedade. Mas isso não ocorre na Bahia porque ACM Neto faz oposição por oposição, a crítica pela crítica, ele é contra, mas não apresenta uma alternativa, não faz uma proposta.

Ele é contra Jerônimo porque ele queria ser governador. Aí ele zera nossos governos, é incapaz de reconhecer os avanços, e são muitos, não tem humildade para admitir que muitas coisas boas foram feitas na Bahia. Policlínicas, Hospitais, Escolas de Tempo Integral, Estradas, Luz para Todos, Água para Todos, novas universidades e institutos federais, nada disso ele reconhece, nada disso ele tem a humildade de reconhecer. Mas a sociedade baiana não só reconhece, como valoriza. E por isso elegeu governadores do PT por cinco vezes seguidas e, com fé em Deus e na nossa militância, vai reeleger Jerônimo.

Como o PT pretende proteger a imagem de Jerônimo e evitar que ataques regionais se convertam em munição contra Lula na disputa nacional?

Nós temos muito orgulho das grandes contribuições que o PT Bahia deu para nossas campanhas nacionais. Foram importantes vitórias que a gente vem acumulando desde 2002, na primeira eleição de Lula, passando pelas duas de Dilma, Haddad e agora com o presidente Lula novamente em 2022. Então a militância do PT na Bahia, o acerto das nossas alianças e táticas eleitorais, a força das nossas lideranças e o sucesso dos nossos governos, tudo isso somado, sempre foram muito importantes para a nossa disputa nacional. Portanto, o governo de Jerônimo é vitrine e vai ser um catalisador para a gente dar mais uma vez uma grande contribuição para o PT Nacional. Jerônimo não atrapalha, ao contrário, ele ajuda e muito.

Por toda a Bahia e, inclusive, em Salvador onde o governador vai entregar a nova rodoviária, o VLT do Subúrbio, o novo trecho do metrô até o Campo Grande. São muitas boas notícias que a parceria Lula e Jerônimo, Jerônimo e Lula trazem para o povo baiano e isso será carro-chefe da nossa campanha.

Luana Neiva
Jornalista formada pela Estácio Bahia com experiências profissionais em redações, assessoria de imprensa e produção de rádio. Possui passagens no BNews, iBahia, Secom e Texto&Cia.

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