Publicado em 22/07/2025 às 11h31.

Eduardo chama Moraes de ‘ditador’ após bloqueio de contas e diz que não se calará

Parlamentar licenciado classificou a decisão como “arbitrária e criminosa” e acusou o ministro de agir por interesse próprio

André Souza
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

 

O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu com críticas ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após ter suas contas bancárias, modalidade Pix e bens bloqueados por decisão do magistrado. A medida foi tomada na noite de segunda-feira (21), no âmbito do inquérito que apura possível tentativa de obstrução de justiça e atentado à soberania nacional.

Nas redes sociais, Eduardo classificou a decisão como “arbitrária e criminosa” e acusou Moraes de agir por interesse próprio. “Esse bloqueio não me surpreende. É só mais uma decisão arbitrária e criminosa do ditador Alexandre de Moraes, que tenta me proibir de todos os modos de denunciar os seus crimes e suas violações de direitos fundamentais à comunidade internacional”, escreveu.

O parlamentar, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), também disse que não se intimidará com a decisão judicial. “Isso não afetará em nada a minha batalha e nem me fará abandonar o compromisso que assumi com todos os brasileiros quando fui eleito: o de defender com a minha própria vida, se for preciso, a liberdade dos brasileiros”, afirmou.

Acusação da PGR

O bloqueio das contas foi determinado por Moraes com base em investigações da Polícia Federal e da Procuradoria-Geral da República (PGR), que apontam Eduardo como um dos articuladores de ações no exterior com o objetivo de pressionar instituições brasileiras e comprometer a ordem constitucional.

A PGR acusa o deputado e o ex-presidente Jair Bolsonaro de atuarem junto a autoridades norte-americanas para desacreditar o sistema eleitoral brasileiro. A atuação, segundo o Ministério Público, pode configurar “ato de guerra”, além de coação no curso do processo judicial e tentativa de enfraquecer a soberania nacional.

Jair Bolsonaro sustentava Eduardo nos EUA

O STF vê indícios de articulação entre pai e filho. No despacho que embasou a mais recente operação da Polícia Federal, deflagrada na sexta-feira (18), Moraes indicou a transferência de R$ 2 milhões feita por Jair Bolsonaro a Eduardo, em maio deste ano. O valor, segundo o próprio ex-presidente declarou à PF, teria sido enviado para custear despesas do filho durante estadia nos Estados Unidos.

O parlamentar, no entanto, reiterou que continuará denunciando Moraes internacionalmente. “Só irei descansar quando Alexandre Moraes for punido. Só irei sossegar quando o seu impeachment for aprovado pelo Senado, porque essa é a única solução para o Brasil”, afirmou.

Veja a declaração de Eduardo

André Souza

Jornalista com experiência nas editorias de esporte e política, com passagens pela Premier League Brasil, Varela Net e Prefeitura Municipal de Laje. Apaixonado por esportes e música, atualmente trabalha como repórter de Política no portal bahia.ba.

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