Publicado em 31/10/2019 às 13h07.

Eduardo Bolsonaro defende novo AI-5 ‘se esquerda radicalizar’

"Pode ser via uma legislação aprovada através de plebiscito, como aconteceu na Itália", disse o filho do presidente da República

Redação
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram
Foto: Arquivo Pessoal/Instagram

 

O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu nesta quinta-feira (31) a deflagração de um novo AI-5 —ato que marcou o início do período mais duro da ditadura militar (1964-1985). O filho do presidente da República disse que é preciso ter uma “resposta” caso a esquerda radicalize como no fim dos anos 60 no Brasil.

“Vai chegar um momento em que a situação vai ser igual ao final dos anos 60 no Brasil, quando sequestravam aeronaves, executavam e sequestravam grandes autoridades, cônsules, embaixadores, execução de policiais, militares”, disse, em entrevista ao canal da jornalista Leda Nagle no YouTube.

“Se a esquerda radicalizar a esse ponto, vamos precisar ter uma resposta, e uma resposta pode ser via um novo AI-5. Pode ser via uma legislação aprovada através de plebiscito, como aconteceu na Itália. Alguma resposta vai ter que ser dada. É uma guerra assimétrica. Não é uma guerra que você está vendo o seu oponente do outro lado e você tem que aniquilar, como acontece nas guerras militares. É um inimigo interno, de difícil identificação aqui dentro do país. Espero que não chegue a esse ponto, mas a gente tem que ficar atentos.”

A declaração de Eduardo Bolsonaro foi dada após o deputado ser indagado sobre a situação dos países vizinhos ao Brasil, como Chile, que enfrenta uma onda de protestos, e Argentina, que elegeu Alberto Fernández como presidente. O filho do presidente dá a entender que as manifestações são financiadas por Cuba e Venezuela.

“Seria ingenuidade achar que isso não é arquitetado […] Desconfiamos que esse dinheiro vem muito por conta do BNDES, que no tempo de Dilma e Lula fazia essas obras superfaturadas no porto de Mariel, em Cuba, ou contrato de Mais Médicos, que rendia mais de R$ 1 bilhão para a ditadura cubana. Por que não acreditar que esse dinheiro vai se voltar para cá para fazer essas revoluções? E Cuba, que sempre foi um câncer na região, exportadora desse sistema socialista, que tenta tomar o poder pela força e instabilidade, agora tem associada a si a Venezuela, que é uma população muito maior do que a de Cuba, e o país é o maior produtor de petróleo do mundo. Então, agora, eles têm condições de bancar isso num nível muito maior do que na América Latina. A gente, em algum momento, tem que encarar de frente isso.”

A fala de Eduardo Bolsonaro sobre um novo AI-5 rapidamente repercutiu na web e virou um dos temas mais comentados no Twitter. Políticos e entidades criticaram a entrevista do deputado.

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