Publicado em 03/12/2025 às 18h46.

Eduardo Bolsonaro diz que crise no PL do Ceará expôs André Fernandes a humilhação pública

Crise foi desencadeada após Michelle Bolsonaro criticar a aproximação com Ciro e classificar a iniciativa como precipitada

Redação
Foto: Zeca Ribeiro/Câmara dos Deputados

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou que o conflito interno no PL do Ceará, envolvendo a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e o deputado André Fernandes (PL-CE), criou uma situação de “humilhação” para o parlamentar cearense.

A declaração foi feita nesta quarta-feira (3), em meio ao impasse sobre uma possível aliança com o ex-governador Ciro Gomes (PSDB) para a disputa estadual.

Eduardo afirmou que, ao observar a crise, colocou-se no lugar de Fernandes e avaliou que o episódio poderia ter sido evitado se as discussões tivessem ocorrido de forma reservada. Ele disse que, se o debate tivesse sido feito “a portas fechadas”, lideranças maduras poderiam ter chegado a um entendimento e apresentado uma posição pública conjunta.

Morando atualmente nos Estados Unidos, o deputado explicou que a articulação contestada por Michelle fazia parte de uma estratégia eleitoral do PL para assegurar uma vaga ao Senado em 2026. Segundo ele, a aliança permitiria que Ciro, com pouco tempo de TV, ampliasse sua exposição, enquanto o ex-governador apoiaria o partido na disputa pelas duas cadeiras de senador.

A crise foi desencadeada após Michelle Bolsonaro criticar a aproximação com Ciro e classificar a iniciativa como precipitada. A posição dela contrariou o movimento articulado por André Fernandes e respaldado pelos filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro. A divergência levou o conflito interno à esfera pública, ampliando tensões dentro da legenda.

Em publicação nas redes sociais, Eduardo argumentou que o Ceará é um estado dominado politicamente pela esquerda e que o PL não dispõe de estrutura suficiente para competir sozinho de forma competitiva. Ele afirmou que a composição avaliada pela sigla poderia garantir ao partido “ao menos um senador”, algo que, segundo ele, terá peso político relevante a partir de 2027.

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