Publicado em 06/08/2025 às 08h56.

Eduardo Bolsonaro diz que está trabalhando para ampliar sanções dos EUA contra o Brasil

O parlamentar defendeu o tarifaço imposto por Trump, que entra em vigor nesta quarta (6): "Acho que tem valido a pena"

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou nesta quarta-feira (6) que está trabalhando para que o governo dos Estados Unidos amplie as sanções contra o Brasil como retaliação a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), seu pai. A declaração foi feita em entrevista ao jornal O Globo.

Segundo matéria do InfoMoney, Eduardo diz que a medida compõe uma estratégia sua para pressionar pela saída do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (STF) e pela aprovação de uma anistia “ampla, geral e irrestrita” a aliados condenados ou investigados por tentativa de um golpe de Estado em 2022, que culminou nos atos do 8 de Janeiro de 2023.

Na avaliação do parlamentar, as sanções já anunciadas, que incluem a restrição de visto e bloqueio de bens dos membros da Corte, podem ser ampliadas para outras autoridades brasileiras, como o presidente da Câmara, Hugo Motta, e do Senado, Davi Alcolumbre.

“Uma vez que não é pautado o impeachment do ministro Alexandre de Moraes no Senado, uma vez que o presidente da Câmara não pauta uma anistia, eles estão entrando no radar das autoridades americanas”, falou.

“Ou tenho 100% de vitória, ou 100% de derrota. Ou saio vitorioso e volto a ter uma atividade política no Brasil, ou vou viver aqui décadas em exílio”, disse Eduardo.

Eduardo ainda defendeu o tarifaço de 50%, imposto pelo presidente americano Donald Trump, sobre produtos brasileiros, que entra em vigor nesta quarta, alegando que a medida tem motivação política e que “há um sacrifício a ser feito” para encerrar o que chama de “ditadura de toga”.

“Dou graças a Deus que ele voltou suas atenções para o Brasil. Acho que tem valido a pena”, afirmou o deputado, que negou ter recebido críticas ao agronegócio.

O parlamentar reforçou que mantém interlocução frequente com políticos e assessores próximos a Trump, incluindo parlamentares republicanos e o ex-estrategista Steve Bannon, e que visita a Casa Branca “quase toda semana”.

Vivendo nos Estados Unidos desde março, quando se licenciou do cargo de deputado federal, Eduardo afirmou que não pretende renunciar ao seu mandato e estuda enviar um ofício à Câmara alegando “perseguição” para justificar sua ausência no país.

Ele também não descartou disputar a Presidência da República em 2026, desde que receba apoio do pai e consiga, antes, “resgatar a normalidade democrática no Brasil”.

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