Eduardo Bolsonaro diz que STF bloqueou conta bancária de sua esposa

O deputado responsabilizou o ministro Alexandre de Moraes pelo bloqueio, e o acusou de ultrapassar limites morais: "Nem bandido persegue família dos policiais"

Redação

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) afirmou ter sofrido nesta quinta-feira (24) uma nova restrição financeira por ordem do Supremo Tribunal Federal (STF), que teria decretado o bloqueio da conta bancária da esposa do parlamentar, Heloísa Bolsonaro. O entrave teria sido identificado após tentativas de transações terem sido discordadas pelo banco.

Segundo matéria do InfoMoney, Eduardo detalhou que sua esposa tentou realizar operações bancárias e recebeu um aviso: “Transação não concluída. Não é permitida a emissão de Pix de conta bloqueada”. O deputado, por sua vez, responsabilizou diretamente o ministro Alexandre de Moraes pela situação.

“Minha esposa, Heloísa, que não é política e nem milita nesta área, teve suas contas bancárias bloqueadas sem qualquer justificativa legal. Trata-se provavelmente de mais um ato arbitrário ordenado por Alexandre de Moraes — digo provavelmente, pois jamais fui sequer citado dos inquéritos que ele recentemente abriu contra mim, mas ontem resultaram igualmente nos bloqueios das minhas contas”, afirmou o parlamentar em publicação na rede X.

O deputado alegou ainda que a ação “escancara” o que chama de desequilíbrio do ministro, citando que “nem bandido persegue família dos policiais” e afirmando que Moraes teria ultrapassado limites morais.

Nos Estados Unidos desde março, Eduardo se licenciou de seu cargo na Câmara dos Deputados, retornando apenas após o fim do prazo de licença parlamentar e em meio a investigação do STF contra ele por suspeita de articulação das sanções internacionais contra o ministro Moraes, e em atos que resultaram na imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros pelos EUA, com implementação prevista para 1º de agosto.

O próprio Eduardo admitiu ter tido conhecimento sobre a tarifa de 50% de Trump contra o Brasil antes do anúncio, e que apoiou a medida. Depois, voltou atrás e negou que tivesse sabido da decisão antes.