Publicado em 25/02/2025 às 13h50.

Elon Musk volta a atacar Moraes, e sugere aplicar sanções contra o ministro

O bilionário insinuou também que Moraes estaria "tentando esconder seus bens"

Redação
Fotomontagem: Reprodução/YouTube e Reprodução/STF

 

Elon Musk, dono do X (antigo Twitter) e conselheiro do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a fazer ataques nesta terça-feira (25) ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes nas redes sociais. O bilionário chegou, inclusive, a sugerir a aplicação de sanções no país norte-americano ao magistrado.

O dono da Tesla utilizou suas redes sociais para comentar em um post no X, onde insinuava que poderia caber ao ministro sanções envolvendo as propriedades do ministro no país. “Moraes não é dono de propriedades na América?” perguntou Musk na rede social. A manifestação do bilionário veio em resposta a uma postagem feita por outro usuário, que fez referência a uma fala do ministro, feita na segunda-feira (24), onde ele associou as redes sociais ao fascismo.

A fala do magistrado foi feita durante um discurso seu a alunos de direito da Universidade de São Paulo (USP). Moraes afirmou que as “big techs” não são neutras, mas instrumento de grupos econômicos “que querem dominar a economia e a política mundial, ignorando fronteiras, ignorando a soberania nacional de cada país, ignorando legislações, para terem poder e lucro”.

Em outra manifestação, feita em resposta a outra publicação, que sugeria que o ministro teria retirado seu dinheiro dos EUA, o bilionário insinuou que Moraes estaria “tentando esconder seus bens”.

Alexandre de Moraes e Elon Musk já se enfrentaram em uma série de embates desde meados do ano passado, quando o ministro aplicou sanções a rede social do sul-africano. A medida foi tomada após a empresa desrespeitar ordens judiciais no Brasil.

O magistrado também é alvo da direita radical, à qual Musk se alinha, por ter, como relator no Supremo, papel de destaque nas investigações sobre uma tentativa de golpe de estado ocorrida em 2022 para garantir que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ficasse no poder mesmo após ter perdido as eleições para o presidente Lula (PT).

Recentemente, Moraes se tornou alvo, nos EUA, de uma ação conjunta da plataforma de vídeos Rumble e de uma empresa de mídia pertencente ao presidente Donald Trump. A medida veio como resposta ao pedido do ministro para que a plataforma feche a conta do influenciador bolsonarista Allan dos Santos. As empresas foram à Justiça para solicitar que as ordens do ministro fossem declaradas ilegais.

No domingo (23), as empresas pediram uma liminar —decisão de cumprimento imediato e temporário— contra o magistrado. Elas alegam que o cumprimento das ordens de Moraes podem trazer “danos irreparáveis” às plataformas. Allan dos Santos é considerado foragido pela Justiça brasileira desde que foi ordenada sua prisão preventiva em 2021, no inquérito de fake news, relatado por Moraes.

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