Leandro de Jesus acompanha Eduardo nos EUA e critica missão de senadores para negociar tarifaço

O deputado estadual Leandro de Jesus (PL) afirmou que sua viagem aos EUA, onde cumpre agenda ao lado do deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), tem caráter pessoal e não é custeada com recursos públicos. 

“Estou nos Estados Unidos com dinheiro próprio, no recesso da Assembleia Legislativa. Circularam fake news dizendo o contrário. Estou aqui para acompanhar de perto a repercussão do tarifaço e do desgaste da relação Brasil-EUA causado por decisões do governo Lula e do ministro Moraes”, disse em entrevista ao bahia.ba na tarde desta quinta-feira (24).

Nas redes sociais, Eduardo agradeceu Leandro pela visita. “Obrigado pela força, meu amigo Dep. Est. Leandro de Jesus. Sempre bom poder conversar com pessoas esclarecidas e que entendem o atual cenário de tirania do Brasil”, escreveu Eduardo.

Para Leandro, o radicalismo ideológico do governo brasileiro tem afastado o país dos Estados Unidos. “Lula vem se alinhando a regimes totalitários, como Irã e Venezuela, e atacando publicamente Donald Trump. Isso causou uma reação que resultou nas tarifas. Os verdadeiros responsáveis por isso são Alexandre de Moraes e Lula”, afirmou.

O parlamentar baiano ressaltou que o presidente Donald Trump costuma tomar medidas econômicas contra países que não mantêm bom relacionamento diplomático com os EUA. “Relação com os EUA não é só economia. Aqui, o que vi foi que a percepção negativa sobre o Brasil é fruto da atuação de Lula e de Moraes, especialmente por suas decisões autoritárias”, disse.

Críticas à missão de senadores

Questionado sobre a viagem de senadores brasileiros aos EUA para tentar reverter o tarifaço, o deputado disse não acreditar em resultados. “Olha, a minha percepção daquilo que eu tenho enxergado por aqui é que eles vão fazer uma viagem à toa, vão bater com a cara na porta. As condições para um diálogo já foram estabelecidas pelos americanos, e esse grupo não representa mudanças suficientes para reverter a situação”, afirmou.

A delegação foi formada a partir de uma comissão externa aprovada nesta semana no Senado, com prazo de atuação inicial de 60 dias. Os senadores confirmados são:  Jaques Wagner (PT-BA); Nelsinho Trad (PSD-MS); Tereza Cristina (PP-MS); Astronauta Marcos Pontes (PL-SP); Esperidião Amin (PP-SC); Rogério Carvalho (PT-SE); Fernando Farias (MDB-AL) e Carlos Viana (Podemos-MG).

Moraes e Bolsonaro

Leandro também comentou a decisão do ministro Alexandre de Moraes de não decretar a prisão do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira (24). “A decisão é uma tentativa de recuo após repercussão negativa. Ele não proibiu entrevistas, mas quis prejudicar Bolsonaro. Só voltou atrás porque atingiu também a imprensa, que foi censurada indiretamente”, disse. “Isso tudo mostra que não se trata de justiça, mas de uma tirania para perseguir opositores políticos.”

Na decisão, Moraes esclareceu que Bolsonaro não está impedido de conceder entrevistas, mas que qualquer uso desses conteúdos para alimentar redes sociais diretamente ou por meio de terceiros será considerado burla à decisão judicial.

Ato em Salvador

Apesar de estar nos Estados Unidos, o deputado afirmou que pretende participar do ato em apoio a Jair Bolsonaro, marcado para este domingo (27), no Farol da Barra, em Salvador. “Tudo indica que estarei presente, a não ser que alguma agenda importante me prenda aqui. Mas, a princípio, estarei nas manifestações”, afirmou.

Um dos organizadores do ato, Leandro explicou que o foco é  protestar contra decisões do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que vêm sendo alvo de críticas de setores conservadores, incluindo o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. A manifestação também defende a anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.