Publicado em 06/08/2025 às 16h37.

Em meio ao processo de cassação, Hamilton revela clima tranquilo na Câmara

A entrevista foi dada ao bahia.ba, nesta quarta-feira (6), na CMS

Neison Cerqueira / André Souza
Foto: André Souza / bahia.ba

 

O vereador Hamilton Assis (PSOL) relatou nesta quarta-feira (6) ao bahia.ba que acompanhou o colegiado de líderes e comentou como está o tratamento dos vereadores da situação em relação ao processo de cassação do seu mandato. A declaração foi dada em entrevista na Câmara Municipal de Salvador (CMS).

Em entrevista recente ao portal, o vereador confirmou que recebeu uma representação que pode resultar na cassação de seu mandato. A condução do processo, segundo o presidente da CMS, Carlos Muniz (PSDB), será dentro da lei.

De acordo com o parlamentar, não há nenhum tratamento diferenciado. O edil revelou que acompanhou o colegiado ‘sem problema algum’, e que conversou com vários vereadores presentes no ato.

“Não senti nenhuma hostilidade mais direta, pelo menos daqueles com quem eu conversei, inclusive suscitei para alguns o interesse de conversar sobre o processo de cassação, sobre a representação do processo de cassação, e alguns se mantiveram abertos e eu vou fazer diálogo com todos. Quero repetir uma coisa que eu disse abertamente aqui: nas primeiras entrevistas que eu dei, após a minha posse, de que nós íamos fazer debates duros, íamos fazer defesas consistentes, mas sem perder a ternura, sem desrespeitar as pessoas, porque o nosso problema não são as pessoas que a gente diverge o nosso problema, são as ideias delas”, explicou Hamilton.

O vereador afirmou que não tem nada pessoal contra nenhum vereador. “Não tenho nada contra vereadora, não tenho nada pessoal contra a mesa da Casa. De certa forma, aqui é um espaço democrático, então eu tenho uma forma contundente de colocar as minhas ideias, expressá-las publicamente, certo? E faço sempre sem desrespeito algum”, continuou Hamilton.

Durante a entrevista, o parlamentar lembrou o episódio ocorrido na sessão de ontem (5) entre a vereadora Eliete Paraguassu (PSOL) e o vereador Sandro Filho (PP). O vereador lamentou o ocorrido e se solidarizou com a correligionária. “A minha companheira Eliette Paraguassu, que é a líder da minha bancada, constantemente é destratada, desrespeitada, desqualificada. Tratam ela como se ela fosse incapaz de ter domínio sobre o que está ocorrendo dentro do cenário da Câmara”, disparou.

E seguiu: “Isso pode acontecer em função de nervosismo, em função do próprio tensionamento gerado e que é provocado. A pessoa pode se equilibrar no momento e perder a noção de como encaminhar determinados fatos, mas isso não significa que essa pessoa é incompetente ou desqualificada para estar aqui. E dizendo isso para uma mulher negra, uma mulher que lutou para estar nesse espaço e que passou dificuldades…”, lamentou o vereador.

Neison Cerqueira

Jornalista. Apaixonado por futebol e política. Foi coordenador de conteúdo no site Radar da Bahia, repórter no portal Primeiro Segundo e colunista nos dois veículos. Atuou como repórter na Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas e atualmente é repórter de política no portal bahia.ba.

Mais notícias

Este site armazena cookies para coletar informações e melhorar sua experiência de navegação. Gerencie seus cookies ou consulte nossa política.