Publicado em 06/06/2023 às 13h18.

Em reduto eleitoral de Bolsonaro, Lula afirma que antecessor não aceita resultado das urnas

"O Brasil está com uma confusão política que a gente não conhecia, até então. [...]. As pessoas que perdem para nós não se conformam", disse o presidente

Gabriela Araújo
Foto: Reprodução/ YouTube Lula

 

Em discurso com tom sarcástico, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) relembrou a campanha eleitoral de 2022 e teceu críticas ao seu antecessor Jair Bolsonaro (PL). Presente na abertura da 17ª edição da Bahia FarmShow, em Luís Eduardo Magalhães, o mandatário do Brasil dividiu opiniões e alguns sorrisos e gritos calorosos da plateia ao afirmar que “as pessoas que perdem para nós não se conformam”.

“[…]. Depois pegaram o Jerônimo que tinha 3% de votos, o outro [ACM Neto] tinha 67% de votos, e não é que eles conseguiram eleger o Jerônimo? Em poucos estados do Brasil aconteceram isso e estou dizendo isso porque o Brasil está com uma confusão política que a gente não conhecia, até então”, disse. “[…]. Só que as pessoas que perdem para nós não se conformam. Não querem aceitar o resultado das eleições”, emendou Lula.

No reduto eleitoral de Bolsonaro, Lula conseguiu puxar gritos isolados dos apoiadores, ao citar os discursos de ódio pregado pelo seu concorrente eleitoral e aliados, durante a campanha para o pleito que logrou êxito.

“A gente não estava acostumado ao ódio. Eu não conheço na história do Brasil briga em bar porque fulano votou em beltrano e outro votou em cicrano. […]. Isso não acontecia no Brasil, nunca aconteceu na Bahia, e agora nós temos um ódio disseminado, baseado em uma quantidade mentiras que eu não conhecia. Uma máquina de contar mentiras que está implementada neste país, em que tudo é feito com deboche, sem nenhum respeito a verdade”, afirmou o presidente.

Na oportunidade, o chefe de Estado alegou que a ‘máquina das inverdades’ foi o ponto crucial para que ele desejasse disputar as eleições novamente. “E eu, então, que não precisava mais voltar a ser candidato a presidente da República porque já tinha sido duas vezes e já tinha sido considerado o melhor presidente deste país, eu poderia ficar na minha casa tranquilo, casadinho de novo”, pontuou.

Lula ainda elencou os motivos que o levou a concorrer o terceiro mandato e frisou que tem “noção do retrocesso do país nos últimos anos”. Para além, o presidente ainda citou o plano Safra (Pronaf), um programa federal concedido aos pequenos e médios produtores.

“Eu resolvi me candidatar às eleições, primeiro, porque quando eu deixei a presidência, o Brasil era a sexta economia do mundo, hoje o Brasil é 13º economia do mundo. Quando eu deixei a presidência, eu tinha noção do que tinha acontecido neste país e eu tenho noção do retrocesso que esse país sofreu nos últimos anos. Quem é do agronegócio sabe quanto foi o plano Safra no ano passado, talvez o pior plano Safra de toda a história do agronegócio”, listou.

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