Em reunião, Lula cobra maturidade política de ministros do PT para 2026

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cobrou maturidade política de ministros do seu partido para que projetos pessoais sejam deixados de lado em nome da formação de alianças eleitorais que sejam suficientemente competitivas visando as eleições presidenciais de 2026. As informações são do jornal Estadão e do portal InfoMoney.

A cobrança foi feita pelo presidente durante uma reunião com os ministros no Palácio da Alvorada, onde Lula teria defendido que o PT e seus aliados precisam eleger maioria no Senado Federal no pleito do próximo ano, para evitar que a Casa seja controlada por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Lula convidou ministros, líderes do PT no Congresso e o novo presidente do partido, Edinho Silva, para uma conversa reservada, com o objetivo de discutir as estratégias do governo na Câmara e no Senado para as eleições do ano que vem.

Em 2026, o Senado renovará 54 de suas 81 cadeiras, e pesquisas apontam que aliados de Bolsonaro surgem mais bem posicionados nas intenções de voto. É com este cenário em mente que Lula endureceu o discurso com os ministros, visando fortalecer os palanques em regiões decisivas como São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiros, os três maiores colégios eleitorais do país.

Fidelidade

Durante a conversa, Lula ainda teria afirmado que continuará a cobrar fidelidade de seus aliados, assim como fez na reunião ministerial da última terça-feira (26), quando se mostrou indignado com o fato de ministros do PP e do União Brasil não defenderem o governo das críticas feitas pela oposição.

O coro de críticas ao governo Lula tem sido engrossado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), apontado como principal possível adversário do PT no pleito do próximo ano, algo que o presidente parece concordar ao ter afirmado acreditar que ele será seu oponente no pleito de 2026.

Operação

Ainda no encontro, o presidente elogiou a operação da Polícia Federal – batizada de Carbono Oculto – que desmantelou um esquema bilionário de lavagem de dinheiro em postos de combustíveis, com o uso de fintechs, na quinta-feira (28). O governo avalia que o resultado do trabalho conjunto vai impulsionar a tramitação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança, parada no Congresso.