Escala 6×1: Erika Hilton quer apoio de Lula para aprovação da PEC; PL de Bolsonaro é contra

Autora da PEC (Proposta de Emenda à Constituição), a deputada Erika Hilton (PSOL), espera contar com o apoio do governo Lula para que o projeto seja aprovado na Câmara dos Deputados. “Eu espero muito que o governo entre de maneira mais forte dentro dessa discussão, né? Essa é a minha expectativa”, projetou Hilton, em entrevista ao vivo nesta quinta-feira (27),  à CNN.

“No final do ano passado estive com o ministro Alexandre Padilha (Ex-Secom) conversando sobre o texto, colocando ali as nossas necessidades, inclusive de conseguir votos dentro da Câmara dos Deputados, porque sabemos que a entrada do governo nos ajuda nisso. Mesmo já tendo um número muito bom para uma PEC, que são 234 assinaturas, ainda falta um número muito significativo para aprovação. E a gente sabe que nós podemos chegar a esse número se tivermos o apoio do governo”, seguiu a deputada.

Hilton afirmou que é necessário retomar a conversa, suspensa, com os envolvidos. “Colocamos a demanda sobre a mesa, mas ainda dizendo que não colocaríamos o protocolo naquele momento e a conversa ficou suspensa. O protocolo foi feito antes de ontem (terça-feira) e nós precisamos retomar essa conversa. Nós esperamos muito, a expectativa é alta de que o governo nos auxilie a fazer essa discussão com as bancadas partidárias. Não estamos dialogando apenas com os nossos aliados, temos conversado com a maior parte dos partidos, quer dizer, quase todos”, explicou.

O único partido contrário à PEC é o PL (Partido Liberal) do ex-presidente Jair Bolsonaro. Segundo Hilton, os parlamentares da sigla, que assinaram a proposta no primeiro momento, foram orientados a retirar as assinaturas. “O único que fica de fora essa discussão é o PL, que teve uma orientação para que esses deputados, que no início da discussão haviam assinado a PEC, retirassem suas assinaturas, fazendo clara demonstração do não interesse e não preocupação com esse tema. Há uma posição fechada do partido para não endossar essa proposta”, contou a parlamentar.

“Com os outros partidos de direita, de esquerda, temos conversados, temos conseguido as adesões, mas agora sem sombra de dúvidas alguma, esperamos que a partir do protocolo desse texto, o governo possa nos auxiliar e encabeçar junto conosco essa discussão, para que a gente conquiste os votos necessários para aprovação do texto no plenário”, completou a deputada.