Publicado em 27/12/2015 às 11h40.

Estados e municípios mais pobres gastam mais com políticos

É o que demonstra levantamento da ONG Transparência Brasil, com base no PIB per capita 

Redação

Até parece um modo bem malandro de reduzir as desigualdades regionais. No Brasil, as Assembleias Legislativas dos mais estados mais pobres gastam em média 20% a mais do que os ricos e as Câmaras das capitais mais pobres 16% a mais. É o que demonstra um relatório da ONG Transparência Brasil.  Para realizar o estudo, a Transparência Brasil dividiu as capitais e os estados em grupos de maiores e menores PIB e confrontou o tamanho das economias com os gastos parlamentares (salários, verbas de gabinete e auxílios diversos a deputados e vereadores.

O resultado mostrou o tamanho das discrepâncias regionais, como no Pará, por exemplo, que tem um terço do PIB de São Paulo e gasta 30% a mais com os seus deputados. Já Natal, cujo PIB é metade do de Curitiba, dispende o dobro com os seus vereadores. Enquanto as 13 capitais mais ricas gastam em média R$ 22.332 por vereador por mês, as 13 mais pobres é mais generosa com os edis que recebem, em média, R$ 25.800, mensalmente.

Nos 12 estados do topo do PIB, incluindo a Bahia, o gasto médio com um deputado é de R$ 51.318, enquanto os menos aquinhoados dispendem em média R$ 61.556. Segundo a Transparência Brasil, cada deputado estadual baiano tem direito a salários de R$ 25.322, mais R$ 4.377 de auxílio moradia, R$ 38.639 de verba indenizatória e R$ R$ 92.053 de verba de gabinete (para a contratação de professores). Na Câmara de Salvador, a cada vereador recebe R$ 15.032 de salários, R$ 4.770 de outras verbas e R$ 65.035 de verba de gabinete.

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