Jornalista. Apaixonado por futebol e política. Foi coordenador de conteúdo no site Radar da Bahia, repórter no portal Primeiro Segundo e colunista nos dois veículos. Atuou como repórter na Superintendência de Comunicação da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas e atualmente é repórter no portal bahia.ba.
EUA se incomodaram com o BRICS, e senador propõe conversa entre Lula e Trump
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) afirmou que não é o ponto principal em discussão

Em missão nos Estados Unidos, a comitiva composta por parlamentares brasileiros tem tratado diretamente com autoridades estadunidenses na tentativa de impedir a taxação de 50% sobre os produtos brasileiros. A cobrança tem início previsto para o dia 1º de agosto.
Em entrevista à imprensa nesta segunda-feira (28), o senador Carlos Viana (Podemos-MG) afirmou que foi proposto uma conversa entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump. Entre os assuntos, a tão pedida anistia também foi pautada.
O objetivo dos encontros é estreitar a relação diplomática, que já dura mais de 200 anos, o mais rápido possível. Viana garantiu que a proposta foi colocada na mesa e as tratativas seguirão.
“Nós colocamos a ideia. Primeiro, nós queremos separar a agenda econômica da agenda política. Deixamos claro para a Câmara. O pedido da manifestação pública foi meu. As corporações, as empresas que têm negócio com o Brasil, se manifestarem pelo adiamento, pelos prejuízos que isso vai causar aos dois países. Então, essa questão econômica está prevista nesse manifesto, eles vão dividir conosco o texto para que a gente possa fazer conjuntamente. A outra questão política, nós também solicitamos. O líder de governo que está aqui já propôs que a Câmara possa intermediar também um encontro entre os dois presidentes o mais rapidamente possível. Essa possibilidade, um telefonema, mas de preferência uma conversa direta entre os dois presidentes o mais rapidamente possível”, disse o senador.
EUA se incomodaram com o BRICS
Viana reforçou que o Palácio do Planalto está ciente de que o governo brasileiro quer conversar sobre todas as áreas. Segundo ele, a posição oficial do país sobre o BRICS – grupo composto por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – foi o motivo de discordância do governo americano.
“O Brasil tomou uma posição junto aos BRICS que hoje os Estados Unidos não concordam que é só um grupo econômico. O Brasil está trabalhando uma geopolítica militar com a China e os americanos (Casa Branca) não querem esse acordo. Houve anúncio que o Brasil vai ampliar a rede de satélite com a China, que o Brasil vai fazer cabos submarinos. Os americanos entendem isso como uma ameaça à geopolítica militar no mundo. Então, o Brasil precisa trazer à mesa esses assuntos que são nossos interesses de soberania, mas que envolvem outras nações”, explicou o senador.
Anistia não é ponto principal
O parlamentar trouxe detalhes sobre a anistia dos envolvidos na susposta tentativa de golpe de Estado em dezembro de 2022. “O principal problema não está sendo a questão política de Anistia. A Anistia, existe esse problema, é uma questão, é um dos pontos que está sendo colocado”, garantiu o parlamentar de Minas Gerais. Trump saiu em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que é réu no processo do Supremo Tribunal Federal (STF).
“O principal ponto colocado pelo governo americano, republicanos e representantes do conselho consultivo, sobre o que eles têm para o comércio exterior. Eles deixaram claro o seguinte: ‘Os Estados Unidos têm dois pilares, negócios e a questão militar. O Brasil, enquanto o BRICS, foi apenas um grupo comercial que se tratava apenas de importações e os Estados Unidos nunca se manifestaram”, indicou.
E seguiu: “Mas, a partir do momento que o BRICS quer criar uma nova geopolítica na área militar, na área de satélites, comunicação, que é justo, os americanos entendem que isso gera uma insegurança para a política deles. E eles querem colocar isso à mesa também para que o governo brasileiro possa explicar e naturalmente chegar a um novo acordo. Esse é o principal problema hoje que nós temos dessa ameaça com relação ao tarifácio, gente”.
Comitiva brasileira nos EUA
A comitiva de parlamentares do Senado que viajaram aos EUA foi composta pelo senador e líder do governo, Jaques Wagner; Nelsinho Trad (PSD-MS); Tereza Cristina (PP-MS); Astronauta Marcos Pontes (PL-SP); Esperidião Amin (PP-SC); Rogério Carvalho (PT-SE); Fernando Farias (MDB-AL) e Carlos Viana (Podemos-MG).
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