Publicado em 15/03/2025 às 21h30.

Falta gente nas ruas contra anistia a golpistas, diz Marcelo Rubens Paiva

Autor do livro "Ainda Estou Aqui", que inspirou o filme ganhador do Oscar, fez a afirmação durante evento sobre os 40 anos da redemocratização

Alexandre Santos
Foto: Reprodução/Instagram

 

Marcelo Rubens Paiva, autor do livro “Ainda Estou Aqui”, que inspirou o filme ganhador do Oscar, disse neste sábado (15) que está sentindo falta de “pessoas nas ruas, pedindo ‘sem anistia’ aos golpistas”. De acordo com reportagem do portal UOL, a fala ocorreu em evento na USP sobre os 40 anos da redemocratização, que também contou com a participação de Cármen Lúcia, ministra do STF.

Segundo a publicação, Paiva contestou a demora do STF para analisar o assassinato do seu pai pela ditadura militar, em 1971. Em fevereiro, após a repercussão do filme, o Supremo decidiu analisar recursos envolvendo o caso do ex-deputado e engenheiro Rubens Paiva e de outras duas vítimas da ditadura. O tribunal deve decidir se Lei da Anistia se aplica a crimes em curso, como ocultação de cadáver — o corpo de Rubens Paiva nunca foi encontrado —, e se viola tratados internacionais de direitos humanos.

O escritor disse que a democracia brasileira se mostrou forte após a tentativa de golpe em 8 de janeiro de 2023. “A maioria dos militares consideravam os golpistas uns aventureiros, e o Bolsonaro um doido de pedra. Eles não tiveram sucesso na tentativa de golpe porque a nossa democracia talvez esteja mais consolidada do que a gente imaginava”, disse, segundo texto de Herculano Barreto Filho.

Após o evento, Marcelo Rubens Paiva deu autógrafos e posou para fotos com estudantes.

O evento na USP lembrou os 40 anos da redemocratização do país, ocorrida em 1985.

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