Publicado em 07/02/2025 às 19h19.

‘Falta sensibilidade e debate’, afirma Aladilce sobre gestão de Bruno Reis

Críticas acontecem após Prefeitura de Salvador anunciar aumento em taxas e tarifas municipais

Otávio Queiroz
Foto: Reprodução/CMS

 

A líder da oposição na Câmara de Vereadores de Salvador, Aladilce Souza (PCdoB), voltou a criticar, nesta sexta-feira (7), a gestão do prefeito Bruno Reis (União Brasil). Desta vez, a vereadora destacou o que considera uma falta de sensibilidade do chefe do Executivo municipal, além da ausência de diálogo com o Legislativo em questões que impactam diretamente a população.

Segundo Aladilce, a atual administração tem imposto aumentos tarifários e fiscais sem a devida transparência e sem abrir espaço para discussão com a Câmara. A vereadora cita como exemplo o reajuste da taxa de resíduos sólidos, o aumento da passagem de ônibus e a elevação expressiva do valor cobrado pelo Elevador Lacerda, que subiu 560%.

“É um absurdo. Além de não ter transparência, é uma escorcha. A justiça fiscal é um princípio fundamental na democracia e a Câmara precisa fiscalizar. O prefeito precisa ter sensibilidade e debater com a população e com os vereadores as medidas que afetam a cidade”, afirmou Aladilce, com exclusividade ao bahia.ba.

A parlamentar também criticou a política tributária adotada pela gestão municipal, argumentando que os aumentos não são aplicados de maneira justa entre diferentes faixas da população. “Enquanto moradores de áreas mais nobres tiveram reajustes mínimos na taxa de lixo, a classe média foi penalizada com aumentos de até 50%. Isso demonstra uma postura que favorece os mais ricos em detrimento dos mais pobres”, denunciou.

As críticas acontecem após a Prefeitura de Salvador anunciar o aumento em taxas e tarifas municipais. A vereadora ainda aponta uma desproporcionalidade entre cálculos do IPTU e da Taxa de Resíduos Sólidos Domiciliares. “Então é absurdo, o prefeito tem que ter sensibilidade, falta sensibilidade ao prefeito. Ao mesmo tempo em que concede incentivos e abre mão de receitas para favorecer os mais ricos – como no caso da taxa de lixo –, moradores da Mansão Wildberger tiveram apenas 4,73% de reajuste, enquanto a classe média enfrentou um aumento de 50%”, afirmou.

Aladilce já havia solicitado esclarecimentos da secretária da Fazenda, Giovanna Victer, sobre os critérios utilizados nos aumentos, mas, sem resposta, passou a defender a convocação oficial da gestora para prestar explicações na Câmara. De acordo com a líder da oposição, a pasta não enviou as planilhas para apreciação da Casa.

Para a oposição, a falta de debate e de diálogo com o Legislativo compromete a democracia e penaliza a população, que se vê diante de aumentos sem justificativa clara. “O prefeito precisa governar para todos e não apenas para um segmento da sociedade. Não é possível continuar desse jeito”, concluiu a vereadora.

A reportagem do bahia.ba procurou a Secretaria Municipal da Fazenda de Salvador para esclarecimentos sobre as acusações de falta de transparência apontadas pela vereadora, mas, até o fechamento desta matéria, não obteve retorno.

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