Publicado em 19/11/2024 às 15h20.

Flávio e Eduardo Bolsonaro minimizam plano de assassinato divulgado pela PF

As postagens foram feitas em suas contas oficiais no X (antigo Twitter)

Neison Cerqueira
Foto: Flickr/PR

 

Filhos do ex-presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio e o deputado federal, Eduardo, utilizaram suas contas oficiais no X (antigo Twitter) e criticaram a operação da Polícia Federal (PF), que descobriu e divulgou o plano para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB).

Para Flávio Bolsonaro, “por mais que seja repugnante pensar em matar alguém”, para ele, planejar matar alguém não é crime. “Quer dizer que, segundo a imprensa, um grupo de 5 pessoas tinha um plano matar autoridades (…) Por mais que seja repugnante pensar em matar alguém, isso não é crime. E para haver uma tentativa é preciso que sua execução seja interrompida por alguma situação alheia à vontade dos agentes. O que não parece ter ocorrido”, comentou o parlamentar, que completou: “Sou autor do projeto de lei 2109/2023, que criminaliza ato preparatório de crime que implique lesão ou morte de 3 ou mais pessoas, pois hoje isso simplesmente não é crime. Decisões judiciais sem amparo legal são repugnantes e antidemocráticas”, publicou o senador na manhã desta terça-feira (19).

No comentário, Eduardo Bolsonaro, criticou o julgamento do STF, que, segundo ele, “ficou muito ridículo prender politicamente senhorinhas e mães de famílias desarmadas”. “O sistema tenta agora reforçar sua narrativas ao prender pessoas hoje alegando “plano para matar” autoridades”, escreveu o deputado paulista.

Mais extenso em sua publicação, Eduardo afirmou que o jurídico do Brasil não existe e que para ele, “atos preparatórios não são puníveis e não há nos fatos qualquer início de execução, se é que há algum plano criminoso.”

Ele citou as datas do plano e da descoberta, já que, segundo a PF, o plano seria executado em dezembro de 2022: “Por que até hoje, 18/NOV/2024, não foi feito? Cabe prisão preventiva disso? Cadê a urgência que demandaria estas prisões? De onde saiu este tal plano, de conversas privadas de WhatsApp onde se fala de tudo (já não seria a 1ª vez, vide aquele grupo de WhatsApp dos empresários)?”, questionou.

Eduardo disse ainda que “o sistema agoniza com a eleição de Trump, vai perder financiamento, parcerias, suporte moral e técnico para seus tentos de censura e apoio político para direcionar as eleições 2026 para alguém do sistema de novo. Restou-lhes reunir num local palaciano para traçar a sua estratégia. As cartas estão sendo jogadas, mas já não há mais muito espaço para manobra para eles”, seguiu.

Por fim, o filho 03 de Bolsonaro falou de perseguição e citou a anistia política tratada no Congresso. “Enquanto insistirem nesta perseguição seguirá a polarização, daí a urgência de aprovarmos uma anistia – por mais que muitos condenados sequer crime tenham cometido. Ninguém aguenta mais esta tentativa de nos fazer crer naquilo que nossos olhos não enxergam. Parem de querer controlar a narrativa fazendo pessoas comuns pagarem o preço da ambição dos senhores”, finalizou.

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