Publicado em 08/10/2024 às 14h33.

Galípolo é aprovado pela comissão do Senado para presidir Banco Central

A indicação de Galípolo precisa ser confirmada pelo plenário do Senado

Redação
Foto: Roque de Sá/Agência Senado

 

A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou nesta terça-feira (8) o nome do economista Gabriel Galípolo para a presidência do Banco Central (BC), com uma votação unânime de 26 votos. Agora, a indicação de Galípolo precisa ser confirmada pelo plenário do Senado, o que deve ocorrer ainda hoje.

O economista, que foi indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no dia 28 de agosto, atualmente exerce a função de diretor de Política Monetária do BC. Anteriormente, ele ocupou o cargo de secretário-executivo do Ministério da Fazenda, sendo o principal auxiliar do ministro Fernando Haddad.

Galípolo se reuniu com mais de 60 senadores antes da sabatina e obteve boa aceitação no mercado, sem enfrentar resistências no Senado. No entanto, o tema da independência do Banco Central foi destaque durante as perguntas dos parlamentares.

A insistência dos senadores na questão da independência se deve, em parte, aos atritos entre Lula e o atual presidente do BC, Roberto Campos Neto, que foi indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Desde que assumiu o mandato, Lula criticou diversas vezes a condução da política monetária, especialmente em relação à taxa Selic.

Durante a sabatina, Galípolo foi questionado sobre sua relação tanto com Lula quanto com Campos Neto. Ele afirmou que havia uma expectativa de que sua entrada no BC geraria conflitos, mas que, na realidade, sua relação com ambos é muito boa. “Sinto que houve uma frustração para quem esperava grandes disputas e brigas. A minha relação com o presidente Lula e com o presidente Roberto é a melhor possível”, declarou.

Galípolo também negou ter sofrido qualquer pressão de Lula desde que assumiu a diretoria de Política Monetária, afirmando que o presidente sempre lhe garantiu liberdade para tomar decisões. “O presidente sempre me disse que teria toda a tranquilidade e liberdade para atuar, sem interferências”, afirmou.

No relatório aprovado pela CAE, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), relator da indicação, elogiou Galípolo, destacando sua qualificação profissional, vasta experiência em cargos públicos e sólida formação acadêmica.

O mandato de Roberto Campos Neto termina em 31 de dezembro de 2024. Se aprovado pelo plenário, Galípolo assumirá o comando do BC em 1º de dezembro de 2025, com mandato até o final de 2028.

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