Publicado em 17/05/2023 às 17h06.

Marta critica prefeitura de Salvador: Gasta mais com publicidade e mantém os mesmos problemas

Vereadora diz que gestão municipal não prioriza orçamento para as chuvas

Redação
Foto: Valdemiro Lopes

 

A vereadora Marta Rodrigues (PT) disse que a prefeitura de Salvador parece “não priorizar o enfrentamento aos transtornos causados pelas chuvas, uma vez que eles que são recorrentes ano após ano e a população sofre com o caos, alagamentos, deslizamentos e diversos riscos acentuados no período chuvoso”.

Segundo Marta, a Lei Orçamentária Anual, por si só, “demonstra a discrepância de prioridades através dos valores previstos. Enquanto para este ano a previsão de recurso financeiro para Publicidade Institucional foi de R$58.990.000, para a Defesa Civil foi de R$26.571.00”.

LOA

Em 2022, a LOA previu mais de R$59 mil para Publicidade Institucional e quase R$26 mil para Defesa Civil. Segundo ela, são previsões, “mas que já demonstram uma discrepância que não condiz com a realidade da cidade, cuja topografia é acidentada”.

Marta diz ainda que a diferença de recurso entre essas duas áreas sempre foi enorme há anos. “Isso mostra muito as prioridades da prefeitura de Salvador”, diz Marta, acrescentando que os dados estão disponíveis no Portal da Transparência”

O resultado, conforme aponta a petista, é que ano após ano a população assiste em períodos de fortes chuvas os deslizamentos de terra, que colocam em risco a vida do povo. “A prefeitura coloca geomantas que não dão conta da força das águas, cedem, dão espaço ao crescimento de matos e ervas daninhas. Alagamentos em pontos específicos, que demonstram obras malfeitas, sem bocas de lobo, além da ausência de capinagem em rios, córregos e canais, que provocam alagamentos”, diz.

Projeto

Com o objetivo de colaborar na prevenção de acidentes e transtornos, a petista apresentou no legislativo municipal um projeto de indicação (136/22) pedindo a construção de planos participativos para diagnóstico de “problemas estruturais em cada uma das áreas de risco com o objetivo de minimizar, ano a ano, os impactos das chuvas”. “Espero que a prefeitura acate essas indicações”, diz. Marta solicita que os planos ocorram em conjunto moradores, associações, prefeituras-bairro e tenha ampla divulgação do processo.

“Precisamos de algo urgente, um plano de operação que passe por nós vereadores e pela população para ver se condiz com a realidade da cidade e de cada bairro que mais sofre com as chuvas”, diz.

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