Publicado em 05/11/2024 às 18h44.

Governador diz esperar mudança da Câmara Municipal sobre capoeira nas escolas

"Nós vamos dar o exemplo. Não dá para fazer política partidária com esse tema, é muito amplo. O tema do anti-racismo é muito forte", afirmou Jerônimo Rodrigues, nesta terça-feira (5)

João Lucas Dantas / Reinaldo Oliveira
Foto: Reinaldo Oliveira/Bahia.ba

 

Quando questionado pelo bahia.ba a respeito do veto da Prefeitura ao Projeto de Lei nº 170/2022, que visa à inclusão do ensino de capoeira nas escolas de Salvador, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) lamenta a decisão e diz, durante a assinatura da regulamentação da Lei Moa do Katendê, “esperar que possamos dar o exemplo a partir de agora”.

“Eu só gostaria de ver uma lei correlata na Câmara de Vereadores de Salvador, que já foi tramitada, inclusive, pelo vereador Augusto Vasconcelos (PCdoB), que apresentou uma proposta que chegou a evoluir na produção de uma lei, mas o Executivo vetou. Espero que, com esse exemplo agora, a gente possa mudar isso. Não dá para fazer política partidária com esse tema, que é muito amplo. O tema do anti-racismo é muito forte. E a capoeira nas escolas é um passo na luta antirracista”, afirmou o gestor nesta terça-feira (5).

O governador também mencionou o tema da redação do Enem, realizado no último domingo (3), “Desafios para a valorização da herança africana no Brasil”, citando a capoeira como um desses exemplos herdados pelos brasileiros. “Vocês acompanharam, no último domingo, a primeira etapa do Enem. E o tema da redação foi a herança da África para o povo brasileiro, o que nós herdamos na culinária, no trabalho, na coragem, na ciência. Inclusive, neste mês, teremos atividades de cientistas negros, de gestores negros, durante a programação do Novembro Negro”, acrescenta.

Jerônimo finaliza reafirmando o desejo de que a gestão municipal reveja o veto da lei no futuro. “Espero que o Legislativo e o Executivo Municipal de Salvador possam rever e que possamos ter uma lei próxima, correlata, adaptando aqui, adaptando lá, mas é importante que, nas nossas escolas, a gente possa garantir a prática da capoeira”, conclui.

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