Publicado em 12/05/2023 às 09h44.

Governo Bolsonaro acostumou Congresso com orçamento secreto, afirma Wagner

O ex-governador também classificou esta lógica como 'nociva' e frisou que ainda não se pode concluir uma falta de apoio definitiva no Congresso

Redação
Foto: Flávia Requião/ bahia.ba

 

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT), fez uma avaliação sobre a falta de apoio dos parlamentares no Câmara dos Deputados ao governo Lula (PT). De acordo com o congressista, uma das razões que levam a ausência totalitária na aprovação das matérias propostas pelo governo deve-se a uma lógica ‘nociva’ estabelecida durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Qual foi o problema? Bolsonaro não tinha um programa de governo, não era uma liderança para conduzir o país, mas para destilar ódio. O Congresso acabou se acostumando com essa lógica. Aí vieram as emendas secretas, o orçamento secreto. Foram quatro anos que degradam a política e acabam viciando muito o Congresso em uma lógica de ‘tudo bem, eu voto com você, mas me dê a emenda’”, frisou o parlamentar. “No exercício da política, os quatro anos do ex-presidente foram muito nocivos”, completou.

Durante entrevista à Rádio Metropole, na manhã desta sexta-feira (12), o ex-governador da Bahia pontuou que ainda não se pode concluir uma falta de apoio definitiva no Congresso, mesmo após a derrota do Projeto de Decreto Legislativo (PDL), que versava sobre o Marco do Saneamento Básico e o PL das Fakes News.

“A depender da matéria, a base cresce ou diminui. O chamado arcabouço fiscal, que foi mandado pelo ministro [da Fazenda] Haddad para o Congresso, eu acho que vai ter um número bastante grande votando a favor porque todo mundo reconhece que é preciso. […] Mas quando chegam determinadas matérias, é óbvio que não tem base sólida. Ainda é uma base que pode crescer ou pode diminuir. Essa coisa só vai se firmar na caminhada”, afirmou Wagner.

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