Publicado em 29/09/2023 às 12h15.

Governo da Bahia não tem prazo para compra de câmeras para PMs; mortos em ações chegam a 60

Promessa de campanha de Jerônimo (PT), aquisição dos equipamentos corporais voltou à estaca zero após desclassificação de duas empresas em licitação

Alexandre Santos / Fernanda Chagas
Foto: Fernanda Chagas/bahia.ba

 

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou nesta sexta-feira (29) que não há prazo para a compra de câmeras corporais destinadas a policiais militares. Somente em setembro, 60 pessoas apontadas como suspeitas foram mortas em confrontos com agentes de segurança. Um policial federal e 12 militares também morreram em operações. 

“[A aquisição das câmeras] Foi um tema também trabalhado com Flávio Dino [ministro da Justiça]. O processo licitatório vocês conhecem, tem um limite de prazos. Quando a empresa não apresenta os elementos exigidos no edital, nós não vamos deixar passar batido. Nós queremos um bom investimento no rigor dos recursos públicos. Não posso dar datas para não criar expectativas”, disse o governador ao ser questionado pelo bahia.ba.

Ele deu a declaração após evento na sede da União dos Municípios da Bahia (UPB), no Centro Administrativo (CAB). 

O governador voltou  a dizer que uma terceira empresa vencedora da licitação está realizando os trâmites exigidos para que a gestão estadual possa adquirir os equipamentos — promessa de campanha do petista. O processo voltou à estaca zero no início do mês.

Jerônimo também repetiu que pediu que tenta trazer à Bahia câmeras corporais obtidas pelo governo Lula. 

“Andamos bem em relação ao governo federal para ver se a gente consegue acessar essas câmeras que foram doadas pelo governo norte-americano ao governo federal. Tem uma burocracia. Nós colocamos isso à mesa do ministro Flávio Dino. E, aqui [na Bahia], é esperar a tramitação. De três empresas, duas não passaram nos testes. Essa última está na fase final. Vamos trabalhar para que isso aconteça”, disse o governador.

‘Fatalidade’, diz governador sobre morte de PMs no IAPI

Jerônimo Rodrigues classificou como “fatalidade” a morte dos policiais militares Marcelo Santana e Anderson de Sousa Santana, depois de uma perseguição a assaltantes no IAPI. O caso ocorreu na noite de quarta-feira (27) 

Anderson, fora de serviço, atirou em Marcelo, que estava descaracterizado ao dar voz de prisão a um dos assaltantes dentro de um bar —os três morreram durante o tiroteio.

“Cada morte de um inocente, cada morte de um policial, eu lamento muito. Me agrego às famílias, no sentimento, nas lamentações”, disse o governador.

 

 

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