Publicado em 01/12/2020 às 15h10.

Governo federal contrata empresa para mapear influenciadores como detratores, neutros e favoráveis

Estão no levantamento jornalistas, pesquisadores e professores

Redação
Foto: Reprodução/Twitter
Foto: Reprodução/Twitter

 

O governo federal contratou uma empresa de comunicação para realizar um mapeamento e orientar como o órgão deveria lidar com um grupo de 81 jornalistas e “outros formadores de opinião” considerados influenciadores nas redes sociais, segundo o colunista Rubens Valente, em publicação no Uol.

O relatório foi produzido no Excel e separou os “influenciadores” em três grupos: os “detratores”, os “neutros informativos” e os “favoráveis”.

Entre os supostos “detratores” estão jornalistas com milhares de seguidores, como Vera Magalhães, Guga Chacra, Xico Sá, Hildegard Angel, Cynara Menezes, Carol Pires, Claudio Dantas, Luis Nassif, Brunno Melo, Igor Natusch, George Marques, Palmério Dória, Flávio V. M. Costa, Rubens Valente, Márcia Denser, Rachel Sheherazade, Luís Augusto Simon, além dos professores universitários Silvio Almeida, Laura Carvalho, Jessé Souza, Claudio Ferraz, Sabrina Fernandes, Marco Antonio Villa, Conrado Hubner, Rodrigo Zeidan, entre outros.

No campo dos neutros estariam Alex Silva, Malu Gaspar, Altair Alves, Cristiana Lôbo, Monica Bergamo, Marcelo Lins, Ricardo Barboza e Octavio Guedes. Já os favoráveis são Roger Rocha Moreira, Milton Neves, Rodrigo Constantino, Guilherme Fiuza, Winston Ling, Camila Abdo, Tomé Abduch, entre outros.

O correspondente da TV Globo, em Nova York, comentou o caso, após ver o seu nome na lista dos “detratores” do governo.

“Sou citado com destaque nesta lista de ‘jornalistas detratores’ elaborada pelo governo Bolsonaro. Lembra listas elaboradas por regimes da Alemanha Oriental, China e Arábia Saudita. Inacreditável que isso exista no Brasil em 2021”, publicou nas redes sociais.

A apresentadora do “Roda Viva”, da TV Cultura, e colunista do jornal O Estado de S. Paulo, chamou o levantamento de “servicinho tosco”.

“Pra empresa-araponga, criticar fraude no cadastro do auxílio emergencial é ser detrator do ministro. Que servicinho tosco!”, escreveu.

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