Publicado em 09/05/2025 às 17h02.

Governo Lula admite desgaste com escândalo do INSS e tenta conter danos

Após demissão de Lupi, governo anuncia devolução de R$ 292 milhões e mira recuperação da imagem

Redação
Foto: Ricardo Stuckert/PR

 

A avaliação no Palácio do Planalto é de que o governo Lula perdeu o controle da narrativa em torno do escândalo envolvendo descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS.

O caso, que inicialmente seria tratado como uma ação de enfrentamento a irregularidades herdadas da gestão anterior, acabou se transformando em munição política para a oposição.

Segundo a coluna Radar, da revista Veja, a situação saiu do eixo após a operação da Polícia Federal que revelou fraudes bilionárias na cobrança de mensalidades associativas não autorizadas.

A crise culminou na demissão do então ministro da Previdência, Carlos Lupi, e gerou um forte desgaste na imagem do governo junto à população.

Para tentar estancar a crise, o INSS anunciou nesta sexta-feira (9) a devolução de R$ 292,6 milhões a aposentados e pensionistas. O valor corresponde aos descontos aplicados em abril, antes do bloqueio oficial de repasses a entidades suspeitas. Os reembolsos serão realizados entre os dias 26 de maio e 6 de junho.

A autarquia também promete notificar cerca de 9 milhões de beneficiários a partir da próxima terça-feira (13), informando sobre os descontos realizados nos últimos anos. A medida busca reforçar a atuação do governo como parte da solução, e não da origem do problema.

O desgaste político atinge agora a Controladoria-Geral da União (CGU). O ministro Vinicius de Carvalho, responsável pelo órgão, tem sido alvo de críticas nos bastidores e, segundo auxiliares do Planalto ouvidos pela coluna, está sendo “fritado em fogo alto”. Um assessor de Lula resumiu a situação: “É o último que sobrou para culpar no escândalo do INSS”.

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