Publicado em 13/02/2025 às 13h12.

Governo Lula estuda reabrir investigação da morte de Juscelino Kubitschek; entenda

Na sexta-feira (14), a Comissão Especial sobre Mortos e Desparecidos Políticos (CEMDP) tem uma reunião agendada, onde a reanálise, ou não, do caso deve ser decidida

Redação
Foto: Reprodução/Redes Sociais

 

O governo Federal e a Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos (CEMDP), ligada ao Ministério dos Direitos Humanos e Cidadania (MDHC), avaliam reabrir as investigações sobre a morte do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Na sexta-feira (14), a comissão tem uma reunião agendada em Recife (PE), onde a reanálise, ou não, do caso deve ser decidida, é o que apontam informações do jornal Folha de São Paulo.

Segundo matéria do Estadão, a inclinação de retomar o caso surgiu do chefe da Assessoria Especial de Defesa da Democracia, Memória e Verdade do Ministério dos Direitos Humanos, Nilmário Miranda, e possui o respaldo da presidente da CEMDP, procuradora Eugênia Gonzaga, e da maioria do colegiado, aponta a Folha de São Paulo.

Ao Estadão, a coordenação-geral de apoio à Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos, do Ministério dos Direitos Humanos, ressaltou que a reabertura efetiva do caso se trata de um “processo longo”.

Em 2024, o ex-vereador de São Paulo Gilberto Natalini, já havia solicitado ao Ministério dos Direitos Humanos a reabertura da investigação sobre o caso. Ele utilizou como argumentos, o laudo do perito e a conclusão do inquérito civil do Ministério Público Federal (MPF) de que não era possível comprovar o que causou o acidente que vitimou JK.

Inquérito da MPF

O inquérito civil aberto pelo MPF em 2021, rejeitou a hipótese de que uma colisão entre um ônibus e o Opala, onde estava JK, teria causado o acidente que matou o ex-presidente, mas atestou que é “impossível afirmar ou descartar” a hipótese de um atentado político que explicaria a perda do controle do automóvel.

“É impossível afirmar ou descartar que o veículo tivesse sido sabotado, ou mesmo que o motorista tivesse sofrido um mal súbito ou sido envenenado, vez que não há elementos materiais suficientes para apontar a causa do acidente ou que expliquem a perda do controle do automóvel”, diz o documento.

As causas do acidente são consideradas controversas, e a maioria das investigações busca apontar o motivo pelo qual o motorista, Geraldo Ribeiro, teria perdido o controle do carro em que levava Juscelino. Os dois morreram depois que o veículo, que trafegava pela via Dutra, atravessou o canteiro central, invadiu a pista oposta da rodovia e colidiu com um caminhão carregado com 30 toneladas de gesso.

Ainda em 2021, o MPF tornou público o inquérito civil, onde o perito especialista em transportes que trabalhou de forma voluntária na apuração, Sergio Ejzenberg, apontou em laudo realizado a pedido do MPF que “a suspeita de sabotagem mecânica [do veículo de JK] não era infundada”.

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