Publicado em 22/05/2024 às 13h28.

Haddad: 1º quadrimestre foi ‘excepcional’, para as contas públicas do país

Não é possível ter dimensão exata do desafio econômico gerado pela tragédia climática no Rio Grande do Sul, diz ministro

Redação
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou nesta quarta-feira (22), que o primeiro quadrimestre de 2024 foi “excepcional” para as contas públicas do país, mas ponderou que ainda não é possível ter a dimensão exata do desafio econômico que será gerado pela tragédia climática no Rio Grande do Sul, de acordo com informações do portal InfoMoney.

“O Rio Grande do Sul, para nós, é uma questão que temos que enfrentar, questão humanitária, econômica, social… Não vamos nos furtar a atender o Rio Grande do Sul”, disse Haddad, durante audiência na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados para discutir a política econômica do país.

O ministro questionou se é razoável sair de um déficit contratado de mais de R$ 200 bilhões para um equilíbrio fiscal no período de um ano. “É isso que pode acontecer”, comentou, em referência à meta primária de déficit zero.

Haddad também voltou a defender a harmonização entre a política e a questão fiscal. “Sempre defendi a tese de que as políticas fiscal e monetária têm de se harmonizar. São braços do mesmo organismo, não são organismos diferentes. Ou seja, elas têm que andar firmemente juntas”, afirmou.

O ministro reforçou, ainda, o desejo de que a economia gaúcha se recupere o mais rápido possível e destacou que haverá reforço nacional em prol da reconstrução do Estado, com parceria entre Executivo e Legislativo.

“Não tem céu de brigadeiro”

Durante a audiência na Câmara, o ministro da Fazenda disse também que o cenário externo gera desafios para a economia brasileira, como o nível dos juros internacionais, especialmente dos Estados Unidos. Também citou que deve haver atenção à guerra comercial, em um cenário em que a China “despeja” mercadorias muito baratas em outros países, e à inflação na economia norte-americana e na Europa.

“Não tem céu de brigadeiro, tem que tomar cuidado com muita coisa”, reforçou o ministro. Apesar das adversidades externas, Haddad citou que o Brasil pode fazer um ajuste fiscal com baixo custo social já que “não deve nada a ninguém”, não depende do Fundo Monetário Internacional (FMI) e tem uma reserva de dólares robusta.

Acompanhe a audiência pública com Fernando Haddad (PT) na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara:

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