Publicado em 02/06/2025 às 15h20.

Haddad defende corte de supersalários como prioridade na reforma administrativa

Ministro diz que esse deve ser o foco inicial e critica o “fetiche” em torno da expressão

Redação
Foto: Diogo Zacarias/Ministério da Fazenda

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira (2) que a reforma administrativa deve começar pelo corte dos supersalários no serviço público.

Em coletiva de imprensa, Haddad explicou que o governo já enviou ao Congresso propostas que tratam do tema, além de mudanças na aposentadoria das Forças Armadas.

“Nós já mandamos algumas dimensões da reforma administrativa que, na minha opinião, deveriam preceder toda e qualquer votação: que é a questão dos supersalários e do acordo que foi feito com as forças sobre aposentadoria”, afirmou.

“Daríamos um bom exemplo para começar a discutir esse tema, começando pelo topo do serviço público”, acrescentou.

Haddad também disse que existe “um pouco de um fetiche em torno da expressão” reforma administrativa. “Precisamos notar que quando você fala em reforma administrativa tem um pouco de um fetiche em torno da expressão, mas quando você faz a conta, a conta não fecha. Então, precisa [ter] cautela”, completou.

Debate no Congresso

Na Câmara dos Deputados, o presidente Hugo Motta (Republicanos) anunciou a criação de um grupo de trabalho para discutir a reforma administrativa como alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O grupo, formado no dia 21 de maio, terá representantes de todos os partidos e um prazo de 45 dias para apresentar um projeto.

Motta afirmou que espera votar o texto ainda no primeiro semestre e destacou que o objetivo é melhorar a qualidade dos serviços públicos.

“Esse projeto não atende a um polo ou outro representado na Casa, mas a uma sociedade que clama por serviços públicos de melhor qualidade”, declarou.

O presidente da Câmara ressaltou que a proposta não deve retirar direitos de nenhuma categoria. “Que possamos pensar, ao discutir essa matéria, em quem está na ponta e mais precisa e quem depende dos serviços públicos para acessar ações que, às vezes, demoram ou são inacessíveis”, disse.

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