Publicado em 25/02/2025 às 10h58.

Haddad descarta candidatura em 2026 e defende agenda econômica

Ministro da Fazenda reafirma compromisso com a estabilidade econômica, critica especulações do mercado e nega atritos dentro do governo

Redação
Foto: Reprodução/YouTube

 

Em um discurso de forte viés político, que ultrapassou as questões meramente econômicas, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), afirmou que a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022 assegurou a continuidade da democracia no Brasil.

O responsável pela equipe econômica também declarou que não pretende se candidatar a nenhum cargo político nas eleições de 2026. Embora seu nome seja constantemente citado como um potencial concorrente à presidência, caso Lula opte por não buscar a reeleição, Haddad deixou claro que não tem interesse nessa possibilidade.

O ministro participou da abertura do evento promovido pelo BTG Pactual em São Paulo. “Graças a Deus, a democracia foi preservada. Isso garante a cada um de nós a liberdade de votar como quiser em 2026”, afirmou Haddad, respondendo às críticas de parte do mercado financeiro ao governo Lula.

“É fácil para alguns analistas lançar críticas neste momento. Digo isso como um brasileiro que não se candidatará a nada no próximo ano”, continuou.

“Não é tão complicado para um país tão abençoado como o nosso alcançar resultados modestos, considerando que tudo está ao nosso alcance. Meu desejo é que as pessoas se concentrem no cerne dos nossos problemas e contribuam para que a área econômica avance nas discussões internas e externas, junto aos demais Poderes.”

Fernando Haddad também foi questionado sobre um possível “fogo amigo” dentro da equipe econômica, em meio aos rumores sobre um suposto atrito com o ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa (PT). O ministro da Fazenda negou qualquer problema com o colega da Esplanada.

“É natural enfrentar debates tanto dentro quanto fora do governo, reflexo das discussões que permeiam a sociedade sobre a condução da economia. Não é razoável esperar que o governo não reflita as posições legítimas que existem na sociedade. Contudo, comparado a dois anos atrás, hoje vejo muito mais convergência do que divergência”, minimizou Haddad.

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