Hamilton Assis revela desconhecer autor da solicitação de sua cassação

Durante sessão na Câmara Municipal de Salvador nesta quarta-feira (6), o vereador do PSOL, Hamilton Coelho, reafirmou em entrevista ao bahia.ba que não sabe quem é o autor da solicitação de cassação do seu mandato, nem quais são suas intenções. A denúncia foi motivada pelos acontecimentos de 22 de maio, quando servidores e professores invadiram o plenário da Câmara durante a votação do projeto que tratava do reajuste salarial.

“Olha, eu não faço a menor ideia de quem seja esse senhor. O que conheço dele é o que apareceu na representação, que indica que ele é uma pessoa de Salvador. Do ponto de vista político, não sei qual é a sua filiação partidária, se tem alguma, ou se é apenas um cidadão comum que se sentiu no direito de fazer essa representação. De qualquer forma, o regimento da Casa prevê que qualquer cidadão possa apresentar uma representação sobre decoro parlamentar. O que não é democrático, no entanto, são os argumentos e as motivações que levaram esse senhor a fazer essa representação. Os argumentos na petição não se sustentam, como já expliquei à imprensa”, afirmou o edil.

O político também explicou que chegou mais tarde no dia da ação. “Então, eu ignoro qualquer relação minha com essa situação. Inclusive, pela forma como ele se expressou, teve acesso a um texto de WhatsApp que eu posso compartilhar com vocês depois. Nesse texto, que enviei dias depois para o grupo de vereadores, eu dizia que sentia muito por tudo o que aconteceu, que apelava para o bom senso, que o diálogo era a melhor solução para os problemas, e que o uso excessivo da força sempre gera mais conflitos. Eu apoio a luta dos servidores, mas em momento algum apoiei iniciativas violentas que pudessem colocar em risco a vida de quem quer que seja, pois essa não é a nossa perspectiva.”

Entenda

Os profissionais da educação municipal de Salvador invadiram o Centro de Cultura da Câmara de Vereadores no dia 22 de maio em manifestação durante as discussões sobre o reajuste salarial dos servidores da prefeitura da capital.

Os manifestantes são ligados a movimentos sindicais e por conta da invasão, a sessão da Casa foi suspensa temporariamente. Membros do Sindicato dos Servidores da Prefeitura do Salvador (Sindseps) e dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (ALPB) participavam do ato.