Publicado em 06/10/2025 às 15h55.

Hamilton pede mudanças no ‘Bahia pela Paz’ e critica ações policiais

Vereador ainda comentou sobre o processo de cassação

Luana Neiva / André Souza
Foto: André Souza / bahia.ba

 

O vereador professor Hamilton Assis (PSOL) criticou novamente, nesta segunda-feira (6), ao bahia.ba, o programa ‘Bahia pela Paz’, lançado pelo governo estadual como uma “nova política de segurança pública”.

“Olha, o programa até que apresenta elementos que consideramos relevantes do ponto de vista da atenção social. Mas o central mesmo da segurança é a política em relação às ações policiais nos bairros periféricos da nossa cidade. É isso que a nossa periferia está clamando do governador. Me parece que nesse aspecto ele não mudou nenhuma vírgula. Muito pelo contrário, transformou uma série de rondas em batalhões agora”, disse o edil.

Hamilton Assis também questionou quantas mortes ainda serão necessárias para que a nova política realmente funcione. “Então há uma construção, uma concepção em relação ao modelo de intervenção das polícias militares que precisa ser repensada. Esse debate precisa envolver os setores da sociedade que discutem essas políticas, a sociedade civil, o Ministério Público e todos os órgãos de justiça, porque é um assunto sério que temos debatido no movimento social”, afirmou.

O vereador destacou ainda que o PSOL tem pautado a desmilitarização da Polícia Militar, explicando que isso não significa acabar com a polícia, mas mudar seu caráter, sua estrutura e forma de atuação. “Precisamos de uma polícia civil, porque os crimes precisam ser investigados civilmente. Caso contrário, eles continuarão impunes”, completou Hamilton Assis.

Processo de cassação

sobre a solicitação de cassação do seu mandato, Hamilton Assis explicou que aguarda uma nova reunião.

“Nós estamos aguardando a nova reunião, que deve acontecer ainda esta semana, provavelmente entre quarta e quinta-feira. Até agora, não fomos notificados pelo corregedor, o vereador Alexandre Aleluia. Achamos extremamente positivo o parecer dele, que sinalizou pelo arquivamento do processo. Consideramos que a atitude do vereador em relação ao parecer foi correta e justa, porque o processo não tem base, nem materialidade objetiva. Se fosse levado à análise da comissão ou ao plenário, entenderíamos como uma espécie de perseguição política”, contou o edil.

Segundo Hamilton Assis, o vereador Claudio Tinoco (União Brasil) pediu vista do processo, o que adiou a coleta dos votos restantes.

“Ainda faltam cinco membros da comissão para votar, e provavelmente os votos serão colhidos na próxima semana”, finalizou o edil.

Luana Neiva

Jornalista formada pela Estácio Bahia com experiências profissionais em redações, assessoria de imprensa e produção de rádio. Possui passagens no BNews, iBahia, Secom e Texto&Cia.

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