Publicado em 13/06/2025 às 13h39.

Hugo Motta aciona Itamaraty para repatriar prefeito de João Pessoa que está em Israel

Cícero Lucena participa de missão oficial no país e aguarda definição de janela aérea para retorno, após escalada de tensão entre Israel e Irã

Redação
Foto: Marina Ramos / Câmara dos Deputados

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), acionou nesta sexta-feira (13) o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, para intermediar o retorno ao Brasil do prefeito de João Pessoa (PB), Cícero Lucena (PP), que está em missão oficial em Israel. O pedido foi feito após a escalada do conflito no Oriente Médio.

“Falei há pouco com o prefeito de João Pessoa que está em Israel, e com o chanceler Mauro Vieira. A Câmara está atenta para garantir a segurança e o retorno de todos que estão em Israel”, declarou Motta.

Cícero viajou a Israel para participar de um evento internacional voltado a prefeitos e autoridades de países lusófonos, com foco em soluções tecnológicas para segurança pública. Segundo Motta, o prefeito está bem e já recebe apoio da diplomacia brasileira.

“O chanceler prontamente colocou a estrutura do Itamaraty à disposição. A embaixada já presta assistência e estamos em contato frequente para acompanhar os desdobramentos. Hoje pela manhã, conversei novamente com o ministro e com o prefeito Cícero. O espaço aéreo israelense está temporariamente fechado, o que exige cautela e estratégia para encontrar a melhor janela de evacuação”, explicou o presidente da Câmara.

A tensão aumentou após Israel realizar, na quinta-feira (12), um ataque de grandes proporções contra alvos no Irã. A ofensiva teria utilizado dispositivos instalados em território iraniano, com apoio de mais de 100 drones e 200 aeronaves, que lançaram mais de 330 munições contra cerca de 100 alvos. Segundo as Forças de Defesa de Israel (FDI), o ataque foi classificado como “preventivo”.

As autoridades israelenses afirmam que os alvos eram instalações nucleares iranianas, que supostamente avançam com o enriquecimento de urânio para fins militares. A República Islâmica nega essa finalidade e alega que seu programa nuclear é civil, embora tenha enriquecido urânio a 60%, próximo dos 90% necessários para uma ogiva nuclear.

O major-general Shlomi Binder, chefe da Diretoria de Inteligência Militar de Israel, afirmou que o ataque busca neutralizar o que considera uma ameaça existencial. Já o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu declarou que o Irã teria material suficiente para produzir até nove bombas atômicas, justificando a ofensiva.

Como reação ao ataque, Israel declarou estado de emergência e fechou seu espaço aéreo — fator que tem dificultado o retorno de brasileiros que estão no país.

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