ICF critica associação de Marçal ao termo ‘coach’ e alerta para banalização

Entidade afirma que a generalização indevida compromete a credibilidade da profissão e prejudica profissionais que atuam de forma ética e qualificada

Redação

A International Coaching Federation no Brasil (ICF-Brasil) divulgou novo posicionamento oficial nesta terça-feira (6) criticando o uso do termo “coach” para se referir a Pablo Marçal, possível candidato à Presidência da República em 2026. A entidade afirma que a generalização indevida compromete a credibilidade da profissão e prejudica profissionais que atuam de forma ética e qualificada.

Segundo a ICF, Marçal já declarou publicamente que não exerce a atividade de coach, o que torna incorreto e prejudicial associá-lo à profissão. “Intitulá-lo incorretamente como coach ou ex-coach em reportagens, séries ou citações reforça a banalização inapropriada desse termo”, diz a nota.

A entidade alerta ainda para os riscos de qualquer pessoa se autointitular coach sem possuir capacitação técnica adequada, comparando a prática à de alguém que se apresentasse como jornalista ou outro profissional regulamentado, sem a devida formação.

A ICF-Brasil é a filial nacional da principal organização global da área, presente em mais de 140 países e com mais de 50 mil membros. A federação tem atuado para combater o uso indiscriminado do termo e promover a valorização do coaching como profissão estruturada, com parâmetros reconhecidos internacionalmente de ética e qualidade.

A manifestação da entidade ocorre em meio à crescente visibilidade de Marçal no cenário político nacional. Empresário e influenciador digital, ele foi candidato à Presidência em 2022, mas teve o registro de sua candidatura indeferido pelo TSE. Atualmente, é cotado para disputar novamente o cargo em 2026. Durante a campanha municipal de 2023, o uso do termo “coach” associado ao nome de Marçal também foi alvo de críticas da ICF.