Publicado em 02/01/2025 às 16h59.

Ida de Lira para ministério divide integrantes do governo e da base governista

Eventuais mudanças, caso ocorram, só devem ser feitas, segundo fontes, a partir das eleições no Legislativo, marcadas para o início de fevereiro

Redação
Foto: Bruno Spada / Câmara dos Deputados

 

A possível nomeação de Arthur Lira (PP-AL) para comandar algum ministério não agrada governistas e integrantes do governo, que estão divididos. Na avaliação de alguns petistas raízes, a nomeação de Lira poderia atrapalhar a relação com eleitores de Lula e, principalmente, do PT.

A ala política do governo avalia, no entanto, que uma eventual chegada de Lira poderia ser uma maneira “definitiva” de construir uma base mais sólida do governo no Congresso Nacional. Eles também defendem a concessão de mais pastas para os partidos de centro. Eventuais mudanças, caso ocorram, só devem ser feitas, segundo fontes, a partir das eleições no Legislativo, marcadas para o início de fevereiro.

O PP já sinalizou que deve reivindicar mais espaço na Esplanada dos Ministérios em 2025 e disseram, segundo a CNN, que atuarão pelo deputado alagoano. A aliados, Lira tem deixado em aberto seu futuro político a partir de fevereiro, quando deixa a presidência da Câmara.

O partido de Lira deseja as pastas da Saúde ou da Agricultura. Atualmente o partido ocupa o ministério do Esporte, com André Fufuca (PP-MA), conforme noticiou a CNN. O primeiro sempre esteve no alvo dos partidos do centrão. Aliado ao desejo do PP tem a avaliação negativa de Lula com Nísia Trindade no comando da pasta.

No Ministério da Agricultura, o cenário é mais complicado. Carlos Fávaro (PSD-MT) é considerado uma figura forte do centrão. O político, inclusive, é muito bem avaliado por Lula. Além de comandar o ministério, ele tem sido frequentemente visto atuando pelo governo no Senado, já que ainda tem mandato como senador pelo Mato Grosso.

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