Publicado em 08/05/2025 às 09h54.

Identificamos, apuramos e coibimos com muita firmeza, diz ministro da CGU sobre fraude no INSS

Segundo Vinicius de Carvalho, as irregularidades começaram antes de 2023, com atuação de entidades civis que firmaram acordos de cooperação com o órgão

Redação
Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil

 

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Vinícius de Carvalho, afirmou na quarta-feira (7) que o governo identificou e está coibindo com firmeza fraudes envolvendo descontos indevidos nos benefícios de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Segundo ele, as irregularidades começaram antes de 2023, com atuação de entidades civis que firmaram acordos de cooperação com o órgão.

“Foi uma espécie de ovo da serpente que foi chocado em 2021 e em 2022, e antes também, e que gerou esse problema todo que nós identificamos, apuramos e coibimos com muita firmeza”, disse o ministro, em entrevista ao programa A Voz do Brasil.

Segundo a CGU, os primeiros sinais de aumento nos descontos foram identificados já a partir de 2017 e 2019, o que motivou uma auditoria. A investigação apontou que cerca de 7 milhões de aposentados foram afetados por cobranças mensais supostamente autorizadas em nome de associações. Com o avanço das apurações, a CGU e a Polícia Federal deflagraram uma operação conjunta há duas semanas, envolvendo mais de 800 policiais e 80 auditores.

Como medida imediata, a CGU determinou a suspensão de todos os Acordos de Cooperação Técnica (ACTs) entre o INSS e essas entidades. Os descontos foram bloqueados e os valores que seriam repassados às associações em maio serão retidos e devolvidos aos beneficiários no pagamento de junho.

Carvalho afirmou que servidores públicos envolvidos de forma dolosa ou por negligência também serão responsabilizados. Um plano de reestruturação do sistema está em elaboração, com o objetivo de garantir que qualquer desconto em benefício só ocorra mediante autorização formal do aposentado ou pensionista.

“Tem gente aí nessa história que provavelmente atuou operando com essas entidades e montando um esquema para tirar dinheiro dos idosos e das idosas brasileiras. Isso é muito grave, porque são pessoas que trabalharam a vida inteira e merecem essa proteção do Estado”, afirmou o ministro.

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