Publicado em 13/08/2025 às 18h58.

Instalação da CPMI do INSS será na próxima semana, revela Alcolumbre

A Comissão tem como objetivo investigar esquema de descontos indevidos a pensões e aposentadoria

Redação
Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

 

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil) revelou que a instalação da Comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para apurar fraudes ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irá acontecer na próxima semana.

O senador também ressaltou que há um compromisso da Câmara dos Deputados de que ainda nesta quarta-feira (13), os líderes partidários indiquem os nomes escolhidos para compor a CPMI.

“Ele [Hugo Motta] me pediu que possamos fazer a instalação da CPMI na próxima semana impreterivelmente. Há um compromisso desta presidência e do presidente Hugo Motta de que na semana que vem nós faremos a instalação da CPI mista do INSS”, disse Alcolumbre.

A CPMI do INSS tem como objetivo investigar esquema de descontos indevidos a pensões e aposentadoria.

Escândalo INSS

Uma investigação conduzida pela Polícia Federal (PF) e pela Controladoria-Geral da União (CGU) revelou que pessoas em situação de extrema vulnerabilidade foram vítimas de uma fraude bilionária envolvendo descontos indevidos em aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

De acordo com trechos do relatório que fundamenta o inquérito, foram lesados moradores de áreas rurais com dificuldade de acesso a postos da Previdência Social, pessoas com deficiência, doentes sem condições de locomoção, indígenas e analfabetos.

A constatação baseia-se em entrevistas realizadas por auditores da CGU durante uma força-tarefa em diversas regiões do interior do Brasil, com o objetivo de identificar os casos de fraude. Segundo o documento, muitos dos entrevistados declararam que os titulares dos benefícios não poderiam ter assinado termos de autorização ou fichas de filiação, seja por limitações físicas ou intelectuais.

“Há casos de pessoas com doenças graves que impedem a locomoção, indígenas que vivem em aldeias e não sabem ler ou escrever, além de beneficiários residentes no exterior que sequer tiveram contato com associações enquanto estiveram no Brasil”, descreve o relatório.

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