Publicado em 23/09/2024 às 18h43.

Itamaraty discute possível resgate de brasileiros no Líbano, em meio a conflito

País do Oriente Médio vem sendo bombardeado por Israel, que ataca o grupo extremista Hezbollah no território libanês

Redação
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

 

O governo brasileiro está acompanhando de perto a intensificação do conflito entre Israel e o grupo extremista libanês Hezbollah. De acordo com diplomatas consultados pela TV Globo, o Palácio do Planalto e o Itamaraty estão considerando a possibilidade de resgatar os brasileiros que se encontram no Líbano.

Após uma manhã de bombardeios no país e alertas de evacuação recebidos via telefone e mensagens de texto, muitos libaneses estão se apressando em busca de áreas seguras. Israel está bombardeando alvos em diversas regiões do Líbano, atingindo líderes do Hezbollah em Beirute, e, segundo acusações, utilizando pagers e walkie-talkies para esconder explosivos.

Enquanto isso, o Hezbollah está lançando foguetes e drones em direção ao norte de Israel, incendiando edifícios e veículos.

O Ministério das Relações Exteriores está em contato com a comunidade brasileira no Líbano. Até agora, a embaixada do Brasil no país tem recomendado que os brasileiros deixem a região.

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, que está em Nova York para a Assembleia-Geral da ONU, está orientando a embaixada a iniciar o processo de consulta com a comunidade brasileira sobre aqueles que podem precisar de apoio para deixar o país.

Isso significa que o Brasil começará a elaborar uma lista de pessoas que desejam sair, a fim de planejar um eventual resgate. Embora isso não signifique que a operação acontecerá, é uma medida preliminar necessária para que se possa agir, se necessário.

Em 2006, o governo brasileiro, durante o primeiro mandato do presidente Lula, já havia realizado uma operação de resgate no Líbano, em resposta aos ataques de Israel. Naquela ocasião, o Itamaraty organizou a retirada de mais de 800 brasileiros, tanto do Líbano quanto da Síria.

O Itamaraty está avaliando a nova situação de segurança na região, considerando o cenário complexo. “Se necessário, saberemos adaptar a operação a essas circunstâncias mais difíceis atualmente”, afirmou um diplomata envolvido nas discussões, que ainda estão em fase de preparação. “É cedo para determinar se precisaremos agir, mas devemos estar prontos”, completou.

No final do ano passado, mais de 1.500 brasileiros foram repatriados da zona de conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas, especialmente aqueles que estavam na Faixa de Gaza, em 11 voos coordenados pelo governo brasileiro.

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