Jerônimo diz manter diálogo com médicos, mas admite limites para atender demandas da categoria

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) afirmou, nesta terça-feira (29), que o governo tem buscado o diálogo com o Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed-BA) diante da greve anunciada pela categoria, marcada para começar na próxima quinta-feira (31). Apesar da disposição para negociar, o gestor admitiu que não poderá atender a todas as reivindicações.

“Temos dialogado com o sindicato. A secretária Roberta [Santana] lidera esse movimento. Queremos fazer concursos e oferecer melhorias na infraestrutura da secretaria”, disse Jerônimo, durante evento que celebrou os 100 anos da Secretaria Estadual da Saúde (Sesab).

No entanto, o governador ponderou que há limitações orçamentárias. “Damos o que podemos dar. Não vou coçar a cabeça para aquilo que a gente não pode fazer, se eu não tenho orçamento suficiente”, afirmou ao bahia.ba.

Movimento grevista

A greve foi aprovada em assembleia realizada no dia 24 de julho, com grande adesão. O movimento é motivado, principalmente, pelo desligamento de médicos contratados via CLT pelo Instituto Nacional de Tecnologia e Saúde (INTS), que agora estão sendo convocados a atuar como Pessoa Jurídica, modelo que não garante direitos como 13º salário, férias ou licença-maternidade.

A paralisação deve afetar o funcionamento de unidades como o Hospital Geral do Estado (HGE), Hospital Roberto Santos (HGRS), Instituto de Perinatologia da Bahia (Iperba) e as maternidades Albert Sabin e Tsylla Balbino.

A Secretaria da Saúde, por sua vez, repudiou o anúncio da greve e classificou como “alarmista” a mensagem do Sindimed. Segundo a pasta, não há risco de descontinuidade nos atendimentos à população.

Durante o evento, Jerônimo prometeu ainda anunciar, nos próximos dias, um pacote de ações voltado para a área da saúde. “Estamos com indicadores muito bons e vamos manter isso com novas ações”, concluiu.