Jerônimo diz que seu foco não está em 2026, mas não descarta apoio de ex-aliados de ACM Neto

O governador do Estado, Jerônimo Rodrigues (PT), negou nesta terça-feira (4) que as reuniões recentes entre ele e prefeitos que antes estavam alinhados com o vice-presidente nacional do União Brasil, ACM Neto, tenham como foco formar alianças para as eleições para governador que ocorrem no próximo ano. “Eu não tô olhando 2026, eu não estou tratando do voto, em 2026 quem quiser votar, eu vou agradecer”, afirmou.

Segundo Jerônimo, ele tem convidado os líderes municipais para discutir o tema da saúde pública, independente da inclinação politica dos mesmos. “Eu não vou ter vergonha, nem medo, eu estou pedindo ajuda dos prefeitos para a gente resolver e enfrentar o tema da saúde e da atenção básica”, declarou ele durante um evento de anúncio de um pacote de investimentos para saúde pública nos municípios baianos, em Salvador.

“Vamos pegar como exemplo esse evento de hoje, eu vi na lista de quem confirmou, a gente mandou um convite para todos os prefeitos, convidamos secretários e secretárias, mas também saiu convite para prefeitos e prefeitas, e eu não olhei de quais partidos foram. Mas eu vi ontem a noite, já de madrugada, quais prefeitos haviam confirmado, e por exemplo, o prefeito de Salvador [Bruno Reis] confirmou, espero que ele venha, vamos discutir um tema de interesse para Salvador, o prefeito de Feira de Santana [Zé Ronaldo] confirmou, a prefeita de Vitória da Conquista [Sheila Lemos] também, então, prefeitos que a gente sabe que tem uma ligação muito forte de oposição a mim”, completou.

Apesar disso, Jerônimo não descartou a possibilidade de que estas articulações levem a um futuro apoio à ele. “Agora, eu vou, desde já, pedir, eu quero apoio, mas não é esse o meu objetivo, meu objetivo é dizer: ‘senta aqui, que a gente quer discutir a saúde e a atenção básica’, e se esses prefeitos quiserem, a gente vai colocar mais recursos”, disse o petista.

O governador ainda comentou sobre os investimentos de seu governo na área. “Estou colocando [a saúde] na minha pauta como prioritária, estou pegando R$ 2.100 bilhões, que eu ainda acho pouco, é muito dinheiro? É. Mas ainda é muito pouco. Quem me dera ser de um estado que a receita fosse a terceira ou a quarta, para que a gente pudesse botar mais dinheiro”, afirmou.