Situação na Bahia está sob controle e não há risco de operação igual à do RJ, diz Jerônimo

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) comentou sobre a megaoperação que deixou 64 mortos e 81 presos nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro. O petista negou, durante a cerimônia de entrega do 12º Prêmio de Boas Práticas de Trabalho no Serviço Público Estadual, realizada nesta terça-feira (28) no Centro Administrativo da Bahia (CAB), em Salvador, que haja possibilidade de uma ação de igual proporção ocorrer na capital baiana, afirmando que a segurança pública do estado “está sob controle”.

“Não, aqui está sob controle no sentido de que nós temos feito as operações planejadas, como fizemos na semana passada e fizemos uma ontem novamente, retirando do circuito drogas, dinheiro e armas”, afirmou o governador, ao ser questionado sobre um eventual desdobramento da operação carioca em Salvador.

A declaração foi dada após informações de que baianos estariam entre os mortos e presos na ação no Rio, considerada a mais letal da história fluminense. Jerônimo destacou que as forças de segurança da Bahia seguem atuando de forma estratégica, com ações pontuais e monitoramento constante para evitar o avanço de organizações criminosas.

Segurança sob vigilância

A megaoperação no Rio de Janeiro, que mobilizou mais de mil agentes e resultou em cenas de guerra na capital fluminense, reacendeu o debate sobre o controle territorial do tráfico em outras regiões do país. Em Salvador, o governador assegurou que o trabalho da Polícia Militar e da Secretaria de Segurança Pública tem garantido estabilidade e que as ações são conduzidas de maneira preventiva.

Jerônimo reforçou que o governo tem priorizado o planejamento e o uso de inteligência policial. “As nossas operações são planejadas e feitas com base em investigações. Temos tido êxito em apreensões de drogas, armas e dinheiro. A Bahia tem agido com firmeza, mas sem espetacularização”, afirmou.

Confronto entre indígenas e trabalhadores rurais

Durante a entrevista, o governador também comentou sobre outro episódio de violência ocorrido na Bahia nesta terça-feira. Dois trabalhadores rurais morreram em um confronto com indígenas, em uma área de assentamento ligada ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).

Jerônimo lamentou as mortes e disse estar acompanhando o caso de perto. “A informação que eu tive até o momento é que foi um confronto, uma fatalidade do ato. Procurei averiguar se há alguma outra motivação além disso. Estou aguardando a secretaria me apontar se teve outra motivação ou se foi realmente um conflito entre a relação de indígenas e trabalhadores rurais”, afirmou.

O governador explicou que, por se tratar de uma área federal, a atuação principal cabe aos órgãos da União, mas reforçou que a Polícia Militar da Bahia está prestando apoio à operação de segurança e às investigações. “A nossa Polícia Militar está acompanhando e ajudando a frente de Segurança Pública do governo federal para ver se a gente consegue, para além da PM, também ajudar na investigação”, completou.