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Publicado em 19/12/2025 às 12h54.

Jerônimo rebate Correia e questiona empréstimos das prefeituras do União Brasil

Governador classificou comparação com agiotagem como "baixa" 

Raquel Franco / Heber Araújo
Fotos: Heber Araújo/bahia.ba | Divulgação

 

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT), rebateu as críticas do líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), deputado Tiago Correia (PSDB), acerca do volume de pedidos de empréstimos encaminhados pelo Executivo. Durante entrevista na manhã desta sexta-feira (19) na primeira viagem teste do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), ele classificou como “baixa” a comparação com a prática de agiotagem. 

“Se ele acha que a Assembleia é agiota, [o pedido] passa pela Assembleia. Se alguém falou isso e acha que o Ministério da Economia é agiota, [o pedido] passa por isso [pelo Ministério]. E depois pelo Senado”, afirmou, reforçando que as operações são submetidas a instâncias de fiscalização.

O chefe do Executivo questionou se Correia mantém a mesma postura em relação a gestões aliadas. “Eu não sei se ele comentou alguma coisa dos empréstimos que a prefeitura de Salvador e as prefeituras ligadas ao União Brasil tomam. Será que as prefeituras que tomam o dinheiro emprestado vão atrás de agiota?”, perguntou.

Entenda as críticas

O parlamentar havia afirmado anteriormente que o governo estadual “não tem noção” da quantidade de créditos solicitados, destacando que, dos 64 projetos enviados à Casa, 58 tramitaram em regime de urgência, sendo 23 relativos a operações de crédito. 

Correia argumentou que o uso recorrente da urgência inviabiliza a análise detalhada pelas comissões e sinaliza uma suposta falta de articulação entre as secretarias da Fazenda (Sefaz) e do Planejamento (Seplan).

Empréstimos para investimentos

O governador defendeu o uso de crédito para o plano de investimentos da gestão. “Eu quero é trabalhar. Ontem vocês acompanharam a entrega na Assembleia de 1 bilhão e 300 milhões de reais. É o empréstimo, isso aqui é empréstimo”, disse, apontando para o VLT.

“É para isso que a gente vai bater na porta da Assembleia, do Ministério, para poder fazer chegar”, afirmou, completando que já executou R$ 2 bilhões destes empréstimos e pretende “chegar a um final [de governo] com 5 bi, 6 bi de investimento.”

Jerônimo ainda afirmou que os recursos são aplicados em áreas como mobilidade e infraestrutura urbana. “Em Salvador, 80 km, quem fez de trilho que o grupo passado não conseguiu fazer [foram os governos do PT]. Era um metrô calça curta. Agora não, está aí”, disse, referindo-se à expansão do sistema.

O governador listou ainda outras frentes de atuação: “Não é só o trem do VLT, é encosta, é macrodrenagem, é urbanização. Vamos entregar um local digno das pessoas que trabalham”, afirmou. Segundo o gestor, o governo encerra o ano cumprindo o cronograma planejado.

Raquel Franco
Natural de Brasília, formou-se em produção em comunicação e cultura e em jornalismo pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Também é fotógrafa formada pelo Labfoto. Foi trainee de jornalismo ambiental na Folha de S.Paulo.

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