Jornalista. Repórter de política, com experiência em assessoria de comunicação, social media e rádio. Bicampeã do Prêmio Jânio Lopo de Jornalismo, concedido pela Câmara Municipal de Salvador (CMS).
Jerônimo x ACM Neto: entenda disputa entre PT e União para governo da Bahia
Disputa vem sendo aquecida pelos pré-candidatos ao Senado

A composição da chapa majoritária para as eleições é sempre considerada um desafio para os pretensos candidatos a um cargo eletivo. Na Bahia, o cenário não é diferente.
A pouco mais de um ano para a decisão eleitoral, o estado tem dois fortes candidatos ao Palácio de Ondina, são eles: o governador Jerônimo Rodrigues (PT), que tentará à reeleição, e o ex-prefeito de Salvador, ACM Neto (União Brasil), ambos rivais históricos.
No tabuleiro político, também há possibilidade de uma terceira via para enfrentar a polarização entre o PT e o União Brasil. Trata-se do militante Kleber Rosa (PSOL), segundo colocado na disputa pela prefeitura de Salvador em 2024.
O nome de Rosa vem sendo defendido por uma ala do partido para que postule a vaga. Até o momento, ele ainda não se coloca como pré-candidato, mas não descarta o título, caso seja designado para o espaço.
“Eu estou tranquilo, tanto para ser o candidato que represente o projeto partidário, como para escolher um nome que expresse essa unidade, se não for o meu”, disse à imprensa, durante o desfile cívico do 2 der Julho, em Salvador.
Disputa acirrada pelas vagas no Senado
Outro desafio que vem mexendo com o cenário é a queda de braço para a composição dos nomes ao Senado. Se na oposição o panorama parece mais definido, na base governista a briga por apenas duas vagas entre três nomes de peso promete ser intensa. A decisão, que envolverá os figurões da política baiana, só deve se desenhar melhor entre janeiro e março de 2026.
O posto vem sendo cobiçado pelos seguintes políticos: Jaques Wagner (PT), que já se colocou à disposição para concorrer à reeleição; Rui Costa (PT), ministro da Casa Civil; e Angelo Coronel (PSD), que vem perdendo força com o fortalecimento da chapa puro-sangue.
A discussão sobre a chapa puro-sangue foi impulsionada por Wagner, um dos principais articuladores da sigla tanto a nível nacional como estadual, ao fazer uma declaração que causou mal-estar dentro do grupo político.
“Essa chapa, você poderia batizar de trio do sucesso porque são três governos que fizeram a Bahia prosperar e muito, se modernizar e muito […] Eu diria que, pelo peso dos nomes, é muito natural se tivermos uma chapa com três governadores”, disse o petista, em janeiro, ao jornal A TARDE.
Ao bahia.ba, o senador Otto Alencar, que preside o PSD no estado, contou quando deve definir a permanência do correligionário na chapa. “Tem a questão de Coronel, que já falei com Wagner, que vamos tratar no dia 29 de março. […]. Eu nasci de nove meses, então, não tem porque antecipar a disputa”, disse Alencar, afirmando que essa também é a vontade dos demais filiados.
Rui Costa e os planos para 2026
Já o ministro Rui Costa também se coloca à disposição para concorrer ao cargo. No entanto, em entrevista ao programa Roda Viva, exibido pela TV Cultura, o baiano diz que o assunto ainda é “prematuro”.
“Ainda é prematuro bater o martelo sobre isso. Mas, se eu serei candidato a alguma coisa, será no ano que vem”, disse. Antes, ele afirmou que a posição será discutida com o presidente Lula (PT) entre janeiro e fevereiro.
Veja
Quais os planos de Rui Costa para as eleições de 2026? Vai ser candidato a algo?
O ministro da Casa Civil também fala sobre quem irá seguir o legado de Lula na política.#RodaViva pic.twitter.com/BMS8ITe3Uu
— Roda Viva (@rodaviva) July 8, 2025
Caso a chapa seja concretizada, o senador Angelo Coronel (PSD) ficará de fora da composição governista, podendo perder fôlego para a corrida eleitoral.
Conforme apurações deste portal, o grupo político do PT deve bater o martelo sobre a montagem da chapa no fim deste ano.
ACM Neto e os nomes para o Senado
Já do lado da oposição, o desenho eleitoral vem se desenhando para o seguinte cenário:
Com ACM Neto encabeçando a chapa, a primeira vaga para o Senado deve ser ocupada pelo presidente do PL Bahia, João Roma, conforme apuração do bahia.ba.
Em contato com o site, um aliado próximo ao ex-prefeito de Salvador contou como o grupo vem se articulando para disputar o Palácio de Ondina.
“Uma vaga está reservada para Roma. A segunda vai ficar entre o nosso grupo e poderá ser ocupada por Adolfo [Viana, deputada federal] ou Márcio Marinho [deputado federal]”, afirmou.
A busca pelo vice
O segundo lugar na chapa majoritária dos pré-candidatos Jerônimo Rodrigues (PT) e ACM Neto (União Brasil) segue como uma incógnita.
Do lado netista, a expectativa é que o posto seja ocupado por um nome municipalista, segundo apuração do bahia.ba. “Queremos que a vaga de vice seja de alguém com uma cara municipalista e que venha do nosso próprio grupo”.
Nesse sentido, a escolha dos candidatos deve ser anunciada entre fevereiro e março. “Houve uma falha no processo de 2022, quando a chapa foi definida muito próximo do fim do ano”.
Já no âmbito petista, os nomes seguem sob sigilo, mas há quem defenda a possibilidade de reeleição de Geraldo Júnior, mesmo após ter ficado em terceiro lugar na disputa pela prefeitura de Salvador em 2024.
“Geraldo [Jr] tem todo o direito de reeleição, assim como Coronel. Temos que tomar a decisão que seja a melhor para a Bahia”, afirmou o senador Otto Alencar.
Jerônimo também endossou a fala, durante entrega do certificado da Conder na FIEB (Federação das Indústrias do Estado da Bahia), em Salvador. “Geraldo também é um [forte nome] para reeleição”.
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