Publicado em 13/07/2018 às 17h17.

João Vicente Goular mira a presidência com um pé no passado e outro no futuro

Diz ele que o Pátria Livre, partido a que pertence, é originário no MR-8, grupo que entrou na luta armada na época da ditadura

Levi Vasconcelos

Frase da vez

“Pouco se pode esperar de alguém que só se esforça quando tem a certeza de vir a ser recompensado”

José Ortega y Gasset, filosófo espanhol (1883-1955)

Foto: divulgação
Foto: divulgação

 

No seu périplo por Salvador, João Vicente Goulart, o filho do ex-presidente João Goulart, o Jango, deposto por um golpe militar em 1964, se lançou candidato à presidência da República pelo recém-fundado Partido Pátria Livre com duas missões: resgatar a memória do pai, o principal, e tentar firmar um novo partido de esquerda no jogo político.

De experiência eletiva ele teve apenas um mandato, o de deputado estadual pelo Rio Grande do Sul, de 1982 a 1986, mas argumenta que foi várias vezes secretário, ocupou autarquias e sobretudo tornou o Instituto Presidente João Goulart uma entidade operosa:

— O governo do meu pai talvez seja caso único na história da República, pelas circunstâncias, não organizou a saída. Por isso estamos juntando documentos, já temos mais de sete mil. Mas produzimos o documentário Jango em três atos e o dossiê Jango.

Niemayer na fita

Ele ressalva, todavia, que a obra mais importante, ainda por fazer, é o Memorial da Liberdade, o último projeto de Oscar Niemeyer, em Brasília.

Isso dá para encarar uma disputa presidencial?

Diz ele que o Pátria Livre, partido a que pertence, é originário no MR-8, grupo que entrou na luta armada na época da ditadura:

— Nós vamos propor um modelo diferente. O golpe de 64 não foi contra Jango. Foi contra um projeto de nação.

Só resta esperar para ver.

Levi Vasconcelos

Levi Vasconcelos é jornalista político, diretor de jornalismo do Bahia.ba e colunista de A Tarde.

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